segunda-feira, 30 de maio de 2011

Greve dos trabalhadores da CSN (MG) entra no terceiro dia

Hoje, segunda-feira (30/05), entrou em seu 3°dia a greve dos trabalhadores da mina Casa de Pedra, em Congonhas ( MG). Os cerca de 2500 trabalhadores cruzaram os braços por melhores salários e em defesa da cidade mineradora. A adesão da greve é massiva, sendo que está paralisada 80% da produção diária de 60 mil toneladas de minério de ferro.

Avanço na proposta já!

Nesta segunda-feira (30) houve uma reunião de conciliação entre o sindicato e empresa na Delegacia Regional do Trabalho. Infelizmente, a CSN manteve sua postura intransigente e apresentou a mesma proposta (8,3%), a qual já foi recusada pelos trabalhadores na última assembléia.

Os trabalhadores exigem um avanço na proposta. É totalmente possível para a CSN, que faturou 3,6 bilhões de reais com a mina Casa de Pedra, apresentar um acordo melhor. A postura intransigente da empresa apenas leva ao endurecimento do movimento grevista.

A greve é cada dia mais forte!

A empresa utilizou da repressão brutal para buscar derrotar a greve: seguranças armados, cárcere privado de trabalhadores na empresa, ameaças de demissões em massa, entre outras práticas que ferem o direito legal de greve. No entanto, a repressão por parte da CSN alimentou ainda mais a revolta dos trabalhadores.

A cada dia a greve se fortalece. Além da adesão generalizada dos funcionários, o apoio da população cresce e já ganha a solidariedade em toda a cidade e região. A igreja, os vereadores, lojistas, estudantes, associações de moradores, enfim, a sociedade de conjunto está ao lado dos trabalhadores nessa luta!

Mobilização até a vitória!

Mais uma vez, vamos demonstrar que estamos abertos ao diálogo e a solução do impasse posto. Esperamos que a empresa abandone sua intransigência e avance na proposta oferecida aos trabalhadores.

Caso a CSN insista em não ouvir seus funcionários, a greve vai prosseguir por tempo indeterminado.

Fonte: Sítio da CSP-Conlutas

Em discurso na GM Mancha denuncia a CUT

Operários da CAF-Brasil derrotam empresa e conquistam aumento de 30% na PLR

Os metalúrgicos da CAF-Brasil, fabricante de vagões de trem e metrô instalada em Hortolândia (SP), encerraram no fim da manhã desta sexta-feira, 27 de maio, a greve iniciada no dia 10 de maio, conquistando mais uma vitória, desta vez na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Esta foi a quinta paralisação em menos de dois anos. Como as anteriores, começou espontaneamente no chão da fábrica. A radicalização foi tamanha que os trabalhadores rejeitaram até mesmo o estado de greve por 48h, medida legalmente necessária para o reconhecimento da greve pela Justiça, e iniciaram imediatamente a paralisação.

Uma dura queda de braço contra o patrão

Em 2010, A CAF ofereceu míseros R$ 1.100 de PLR, o que levou os operários a realizarem uma greve de 15 dias que arrancou R$ 4.300. A greve deste ano pela PLR teve início quando a empresa, depois de dobrar a produção com o aumento de horas extras, ofereceu R$3.800, ou seja, R$ 500 a menos do que os trabalhadores haviam arrancado no ano passado!

Mal começou a greve no dia 10 de maio, os advogados da empresa acionaram a Justiça, exigindo a abusividade da greve e fazendo a chantagem de só negociar se a produção voltasse. Houve uma audiência de conciliação onde a CAF subiu a PLR para R$4.300. Mesmo sabendo do risco que é o julgamento de ilegalidade de uma greve, os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa. Numa nova audiência, o Juiz propôs o pagamento de R$5 mil de PLR e orientou a volta ao trabalho sem decretar a ilegalidade do movimento.

No entanto, em assembléia na segunda-feira, 23 de maio, os operários fizeram uma contraproposta ao Juiz e à empresa: R$ 6 mil de PLR, 90 dias de estabilidade, abono de todos os dias parados e decidiram esperar uma resposta da empresa ainda paralisados. O sindicato dos metalúrgicos levou estas três reivindicações à uma negociação direta com a empresa. Como resultado da negociação, a CAF levantou uma nova proposta: R$ 5.500 de PLR, 60 dias de estabilidade e que os dias parados fossem julgados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A empresa ainda chantageou: caso os trabalhadores não concordassem com essa proposta, os salários do mês não seriam pagos em 30 de maio. Perante a chantagem da CAF, os trabalhadores decidiram continuar paralisados.

Exemplo de auto-organização

Nos dias 26 e 27 de maio, quinta e sexta-feira, auto-organizados na frente da fábrica, através de pequenos grupos que depois se juntavam em assembleia sem o carro de som, os trabalhadores discutiram democraticamente uma nova contraproposta à empresa. Esta forma de organização das assembleias, no momento crítico da greve, foi fundamental para que todos os trabalhadores pudessem falar sem que a empresa os ouvisse, preservando sua identidade e estabilidade.

Na manhã de sexta-feira, depois de dois dias de discussão, os trabalhadores votaram uma nova contraproposta: R$ 5.500 de PLR, 60 dias de estabilidade e o abono de todos os dias parados. A empresa aceitou os R$ 5.500, os 60 dias de estabilidade e disse que abonaria 07 dias da greve e que os 05 dias seriam compensados pelos trabalhadores em sábados alternados.

Numa nova votação, ainda nessa mesma manhã, os trabalhadores decidiram encerrar a greve e voltar ao trabalho na segunda-feira, 30 de maio. A greve representou uma vitória dos trabalhadores, pois o acordo fechado foi superior ao do ano passado, representando um aumento de 27,9% no valor da PLR.

Vitória da democracia operária

Com mais esta greve vitoriosa, os trabalhadores da CAF demonstraram que é possível, em meio a uma dura queda de braço contra o patrão, fortalecer a auto-organização no chão da fábrica. A luta foi conduzida desde o início por um pequeno e combativo grupo de cipeiros com o apoio do sindicato e de militantes da CSP-Conlutas Metalúrgica.

A presença da CSP-Conlutas no conflito foi fundamental para possibilitar o dialogo e unidade dos trabalhadores para derrotar o patrão. A democracia operária foi se impondo na prática como uma necessidade. Nas assembleias sem o carro de som, as contrapropostas à empresa foram surgindo, eram debatidas e só depois de muita discussão eram votadas.

Esta auto-organização permitiu uma tripla vitória dos trabalhadores: 1) Porque conquistaram uma vitória econômica, ao aumentar em quase 30% o valor da PLR deste ano; 2) Porque obtiveram uma vitória política contra a empresa, obrigando-a a negociar e evitando que a greve fosse julgada ilegal pela Justiça.

Em terceiro lugar, o mais importante: os operários da CAF deram um salto em sua experiência com a democracia operária, garantindo a mais completa autonomia e independência em relação aos patrões e a justiça burguesa, dando uma aula de democracia operária ao próprio sindicato dos metalúrgicos e impondo o exercício de sua auto-organização como o método mais seguro para garantir a vitória.

Como tarefa imediata os trabalhadores da CAF terão pela frente um grande desafio: dar corpo a um forte grupo de fábrica que organize os cipeiros combativos, os lesionados e todos os ativistas de luta. Até porque uma nova batalha já tem data marcada para começar: a campanha salarial unificada dos sindicatos dos metalúrgicos de Campinas, São José dos Campos, Santos e Limeira marcada para o segundo semestre.

ANTONIO “CARIOCA”, CIPEIRO DA CAF-BRASIL, DE HORTOLÂNDIA (SP)
Fonte: Sítio do PSTU

domingo, 29 de maio de 2011

Nota do Sindicato Metabase Inconfidentes

Nesta quinta-feira, 26 de maio, os cerca de 2.500 trabalhadores da CSN da mina Casa de Pedra, em Congonhas-MG, votaram pela greve por tempo indeterminado. Dos 1955 votantes, 1304 votaram pela greve, enquanto que 630 votaram a favor da proposta da empresa; os brancos e nulos somaram 21 votos. A partir dessa sexta-feira (27/05), a qualquer momento, o sindicato Metabase Inconfidentes dará início à Greve geral.

Trabalhadores exigem 15% de aumento Salarial

Os funcionários da CSN rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 8,3% oferecido pela empresa. A reivindicação da categoria é um aumento de 15%, além de revisão da PLR para 5,4 salários, R$ 450 reais de cartão alimentação, entre outras exigências.

A intransigência da empresa levou os trabalhadores à greve. A CSN obteve em 2010 um faturamento de 14 bilhões de reais, representando um crescimento de 36% em relação ao ano precedente. A receita líquida da mineração avançou 86%, chegando a 3,6 bilhões de reais. Esses números são as provas irrefutáveis de que empresa tem totais condições de atender as reivindicações dos trabalhadores. 

Greve por tempo indeterminado!

A greve por tempo indeterminado vai parar completamente a produção diária de 60 mil toneladas de minério de ferro. Os trabalhadores estão revoltados com a super-exploração na mina. O salário médio não passa dos R$ 1.200, a PLR está congelada há mais de seis anos e os acidentes de trabalhado se multiplicam.

“O aumento salarial de 15% representaria apenas 2,2% do faturamento líquido da empresa na mineração. Os gastos com mão-de-obra não chegam a 5% da receita líquida da CSN. Sobram condições para atender às nossas exigências”, explica Valério Vieira, presidente do sindicato Inconfidentes. 

Em defesa da cidade de Congonhas

A greve dos trabalhadores também é em apoio à preservação e o tombamento da Serra Casa de Pedra. A CSN para expandir seus negócios quer destruir o patrimônio natural da cidade histórica. Os trabalhadores da CSN estão juntos à comunidade do município nessa importante luta. 

Apoio em todo país

A mobilização dos trabalhadores da CSN está cercada de solidariedade em todo país. Centenas de sindicatos, a central sindical CSP-Conlutas e os movimentos sociais estão em apoio à greve.

Além disso, a socidade de Congonhas também está ao lado dos trabalhadores. A Igreja Católica da cidade, os vereadores do município, as associações de moradores, entre outras entidades, estão em solidariedade ao movimento.

Greve até a vitória

Valério Vieira, presidente do sindicato, resume o objetivo da mobilização “A greve é em defesa de uma vida digna. A CSN retira bilhões de reais dessa mina e nada fica com os trabalhadores e a população além dos buracos, da poluição e da exploração. Nossa greve é por melhores salários e para dizer em bom e alto som ao Benjamin Steinbruch (presidente da CSN): o minério é nosso!”.

Fonte: Blog da campanha "O Minério tem que ser Nosso"

Campanha "O Minério tem que ser Nosso"


Campanha promovida por partidos políticos, movimentos sociais, ambientais, e sindicais em defesa do minério como riqueza nacional, e não apenas como fonte de lucro de grandes empresas mineradoras.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Heatcraft entra em seu segundo dia de greve

Trabalhadores querem abono maior e não aceitam metas abusivas

Os trabalhadores da Heatcraft, em São José dos Campos, entraram em seu segundo dia de greve, nesta quinta-feira, dia 26. Os metalúrgicos pressionam a empresa a aumentar a proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

A Heatcraft entrou com um pedido de interdito proibitório para impedir que os trabalhadores realizassem assembleia, mas a justiça negou a liminar.

Uma oficial de justiça chegou a ir à Heatcraft na manhã de hoje para verificar se o Sindicato estava impedindo os trabalhadores de entrar na fábrica. Entretanto, ficou constatado que os próprios metalúrgicos se recusavam a voltar ao trabalho enquanto a Heatcraft não atendesse suas reivindicações.

Num ato antissindical, a oficial de justiça tentou fazer com que um dos diretores da empresa falasse durante a assembleia dos trabalhadores, agindo em defesa dos patrões. A medida foi repudiada pelos metalúrgicos.

A categoria reivindica R$ 3.500, sendo R$ 2.500 de antecipação. A empresa insiste em antecipar apenas R$ 2 mil. Além disso, de acordo com a proposta patronal, a segunda parcela de R$ 1 mil seria atrelada a metas abusivas.

As negociações entre a empresa e o Sindicato vêm acontecendo desde o dia 13 de maio. Uma nova reunião está marcada para a próxima sexta-feira, dia 27.

A Heatcraft possui 270 trabalhadores e produz equipamentos de refrigeração.

Fonte: SindmetalSJC

Após greve, metalúrgicos da GM conquistam PLR 30% maior

A PLR a ser recebida pelos trabalhadores da GM pode chegar a R$ 13.080

Os trabalhadores da GM aprovaram a proposta de pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) negociada pelo Sindicato com a montadora, em assembleia unificada, nesta terça-feira, dia 24. Participaram da assembleia metalúrgicos do primeiro e segundo turno.

A PLR a ser recebida pelos trabalhadores da GM vai totalizar R$ 10.834, caso as metas atinjam 100%, o equivalente a produção de 410 mil veículos nas unidades de São José dos Campos e São Caetano.

O valor da PLR pode atingir até R$ 13.080, caso as metas cheguem a 120%.

A primeira parcela será de R$ 5.800. O restante é pago em janeiro.

A PLR aprovada é 30% maior em relação ao acordo fechado no ano passado.

O acordo sai após a greve de 24 horas deflagrada pelos trabalhadores na última sexta. Na segunda-feira, em razão da mobilização, a General Motors reabriu as negociações.

"É uma vitória da unidade dos trabalhadores da GM, que quebraram a intransigência da empresa, que estava endurecendo nas negociações", disse o presidente do Sindicato Vivaldo Moreira Araújo.

A GM de São José dos Campos produz os modelos Corsa, Classic, Meriva, Zafira, S10, Blazer, kits desmontados para exportação, motores e transmissões. A fábrica possui cerca de 9 mil trabalhadores.

Fonte: SindmetalSJC

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Operários da CAF Brasil fazem a quinta greve em dois anos

ANTONIO “CARIOCA”, DE HORTOLÂNDIA (SP)

A CAF Brasil, montadora de trens e metrôs, instalou em 2009 em Hortolândia (SP) sua segunda maior unidade – só perde para a matriz, em Beasain, País Basco, Espanha. A instalação da planta da empresa contou com significativas vantagens e subsídios da prefeitura de Ângelo Perugini (PT): isenção de impostos, como o IPTU, e dinheiro público investido para a terraplanagem e construção das instalações da empresa.

Somando-se os cinco contratos já adquiridos para produção de trens, desde 2009 a CAF fabricou 434 vagões e deve montar mais 364 nos próximos anos. Apesar das vantagens e subsídios oferecidos pela prefeitura de Hortolândia e da alta produtividade, a empresa mantém os salários dos trabalhadores abaixo da média da categoria e impõe péssimas condições de trabalho.


Paralisação por PLR


Em 2011, a CAF conseguiu dobrar a produção com o aumento de horas extras. Depois de muita pressão do chão da fábrica, a empresa foi obrigada a iniciar negociações sobre o valor da PLR, prometendo a todos que valeria a pena fazer horas extras, pois a proposta da PLR seria “irrecusável”. No fim ofereceu apenas R$3.800, menos que em 2010.

Tal proposta caiu como uma provocação no chão da fábrica, pois em julho do ano passado os trabalhadores haviam feito uma greve de 15 dias e arrancaram uma PLR de R$4.300, além de mais 20% no vale alimentação e criação de um Plano de Salários. À época, a proposta inicial da CAF era de R$1.100 e mais nada, alegando que o governo de São Paulo ainda não havia pagado pelos trens e metrôs já fabricados até então.

A assembleia realizada pelo Sindicato na porta da fábrica rejeitou essa provocação e iniciou a greve no dia 10 de maio. Começava assim a quinta greve dos trabalhadores da CAF a apenas dois anos da instalação da empresa. A radicalização foi tamanha que os trabalhadores rejeitaram até mesmo a proposta de estado de greve, que significaria voltar ao trabalho por 48h para a decretação legal do movimento frente à Justiça, e iniciaram imediatamente a paralisação.


Queda de braço contra a CAF

Mal começou a greve e os advogados da empresa acionaram a Justiça, exigindo a abusividade do movimento e fazendo a chantagem de só negociar se a produção voltasse.

Houve uma audiência de conciliação onde a CAF subiu a proposta para R$4.300, ou seja, o mesmo valor do ano passado. Novamente os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa, mesmo sabendo do risco que é o julgamento de ilegalidade de uma greve.

Em nova audiência de conciliação, o Juiz responsável pelo caso propôs o pagamento de R$5 mil de PLR e orientou a volta ao trabalho sem decretar a ilegalidade do movimento. No entanto, em assembléia nesta segunda-feira, 23 de maio, os trabalhadores decidiram seguir em greve.


Prefeitura fica do lado da empresa

No início de 2011 a CAF quis demitir 200 operários para elevar a produtividade, ou seja, produzir mais com menos operários, através do aumento dos ritmos de produção e das horas extras.

Esta situação levou a uma greve de 19 dias contra as demissões. No final, a empresa não só não foi autorizada pela Justiça a descontar os dias parados, como foi obrigada a fazer um Plano de Demissões Voluntárias com vários benefícios adicionais.

Na ocasião, os operários da CAF chegaram a realizar uma passeata até a Câmara Municipal de Hortolândia, mas o prefeito Ângelo Perugini (PT) se negou a manifestar-se em favor dos trabalhadores.

No momento em que ocorre esta quinta greve, comemoram-se os 20 anos da emancipação da cidade. Há um outdoor comemorativo no trevo de entrada de Hortolândia com uma foto da CAF ao fundo, demonstrando muito bem de que lado está Ângelo Perugini.

Exigimos do prefeito Ângelo Perugini que rompa seu acordo tácito com a empresa e intervenha em apoio aos trabalhadores da CAF.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Greve por tempo indeterminado na CSN na próxima semana

A CSN apresentou nesta terça-feira (17/05), após a greve de 24 horas realizada no dia 16 de maio, uma nova proposta ao sindicato dos mineiros de Congonhas. A empresa propôs 7,8% de reajuste salarial, R$ 230 no Cartão Alimentação e R$ 130 de Kit Escolar.

Na opinião do Sindicato Metabase Inconfidentes, essa proposta é inaceitável! Ela está muito abaixo das reivindicações dos trabalhadores e do avanço da lucratividade da empresa. O sindicato deixou claro à empresa que a proposta é insuficiente e a recusou na própria mesa de negociação.

7,8% é muito pouco!

A proposta de reajuste de 7,8% não repõe a inflação real e não incorpora nenhum ganho de produtividade. Todos sabem que a inflação real para quem ganha até 4 salários mínimos está acima do INPC (6,3%). Segundo dados do IBGE a estimativa para essa faixa de renda é uma inflação de 8,5%. Além disso, todos os índices econômicos comprovam: a CSN tem todas as condições de atender as nossas reivindicações. Seu faturamento subiu para R$ 14 bi, seu lucro bruto disparou (+ 36%) e a CSN tem em caixa mais de 10 bilhões de reais.

O sindicato exige 15% de aumento salarial, R$ 400 reais no Cartão Alimentação, revisão da PLR para 5,4 salários, entre outras reivindicações.Preservação e tombamento da Serra Casa de Pedra!

São de conhecimento público os planos bilionários de investimento para a expansão da Mina Casa de Pedra. A Mina produziu cerca de 21 milhões de toneladas em 2010, a previsão da empresa é chegar a 50 milhões até 2015.Para isso, a empresa que passar por cima do patrimônio natural e ambiental da cidade. Destaca-se nesse plano ambicioso a destruição da Serra Casa de Pedra, em sua face voltada à cidade.

O sindicato Metabase se solidariza à luta da comunidade de Congonhas e de diversos vereadores que defendem a preservação e tombamento da Serra. Nesta sexta-feira (20/05), em conjunto com Câmara Municipal de Congonhas, a Igreja Católica e os movimentos sociais da região, será realizada uma “Mesa Aberta de Negociação”. Essa atividade tem como objetivo discutir a luta dos trabalhadores da CSN e a preservação da Serra Casa de Pedra.

Proposta é Greve por tempo Indeterminado

A intransigência da empresa está levando os trabalhadores à greve. A paralisação de 24 horas na segunda (16 de Maio), que comprometeu totalmente a produção diária de 60 mil toneladas de minério, foi uma advertência. A CSN melhorou a proposta após a paralisação, mas muito pouco ainda.

Não há outra alternativa. Para conquistar o que merecemos é preciso realizar uma forte greve, assim como diversas categorias estão fazendo por todo Brasil. Está chegando a hora da decisão!

A proposta do sindicato é, portanto, a realização de uma greve por tempo indeterminado a partir da semana que vem, em dia a ser definido pela diretoria da entidade.

Por João Pedro Freitas Sindicato Metabase Inconfidentes (MG)
Fonte: Sítio da CSP-Conlutas

No Sul Fluminense, mineiros lutam contra o arrocho e metalúrgicos conquistam reajuste

Peugeot trata movimento com truculência e demite vice-presidente da Cipa

TARCISIO XAVIER E ELTON CORRÊA, DE VOLTA REDONDA (RJ)

Seguindo a dinâmica de protesto dos trabalhadores da região Sul Fluminense, os metalúrgicos da CSN em Volta Redonda (RJ) repudiaram nesse dia 20 de maio, com uma votação expressiva de 90%, a proposta da empresa de reajustar os salários em apenas 7,89%.

Como parte da afronta, a CSN ofereceu ridículos aumentos de R$ 30 no cartão-alimentação e R$ 20 no auxílio-creche. Essa proposta foi encarada pela classe como absurda, pois a CSN acaba de divulgar dados de seu balanço de 2010 em que mostra um crescimento de 71% no seu lucro bruto, ou seja, R$ 6,8 bi.

Exemplo de resistência em Congonhas-MG

O impacto de duas fortes paralisações dos trabalhadores da mineração (Casa de Pedra-MG), base da CSN, animou os trabalhadores de Volta Redonda, que comentam no interior da siderúrgica a necessidade de seguir o exemplo dos mineiros e unificar as lutas. Naquela região, o sindicato é dirigido pela CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular – Coordenação Nacional de Luta) e vem travando uma grande batalha contra a empresa.

Infelizmente, o sindicato de Volta Redonda (que até pouco tempo era base da CTB e se filiou à revelia dos trabalhadores à Força Sindical), até o momento não acenou com a proposta da unificação das lutas, fato que enfraqueceria a estratégia do dono da CSN, o empresário Benjamin Steinbruch, de isolar o movimento. Outro equívoco da entidade sindical é não ter índice de reivindicação e teimar em “sensibilizar” a CSN pelo diálogo.

A oposição metalúrgica do Sul Fluminense, ligada à CSP-Conlutas, está presente nos portões da Companhia exigindo que o sindicato unifique as lutas e prepare as condições para categoria entrar em greve. 

Peugeot ataca trabalhadores

Já a campanha salarial 2011 dos metalúrgicos da PSA Peugeot Citroen em Porto Real, deixou a multinacional francesa de cabelo em pé.

Numa grande virada de mesa, os trabalhadores votaram três vezes contra a proposta de reajuste da empresa, impondo uma dura derrota no arrocho salarial que amargavam por anos. Foi a primeira vez que isso ocorreu.

Com sua luta independente organizada a partir do chão da fábrica, os operários arrancaram 8,43% de reajuste; R$ 5,5 mil de PLR e um plano de cargos que concede 21,4% de aumento para a grande maioria dos operários operadores (cerca de 70% dos trabalhadores da produção).

Havia uma clara disposição de à greve e arrancar mais ganhos da Peugeot. Infelizmente, a direção do sindicato foi um dos principais entraves para esse avanço. Mesmo assim, o sentimento presente entre os trabalhadores foi de vitória.

No dia seguinte ao fechamento do acordo, porém, a empresa tratou covardemente de demitir 25 operários (até essa data), dentre eles o vice-presidente da CIPA (que possui estabilidade por lei), Wagner Silva, numa verdadeira “caça as bruxas”.

Imediatamente, DRT de Volta Redonda foi acionada para intervir no caso e reverter essa agressão. Ao mesmo tempo em que iniciamos uma campanha de solidariedade em todo o país, exigindo da empresa que reintegre todos os demitidos. Cobramos também do sindicato a incorporação imediata nessa luta, ajudando a desmascarar a prática antidemocrática e anti-sindical da Peugeot, que arranca nossas riquezas com baixo salário, condições de trabalho precários e deixa para trás pais de família desempregados em solo brasileiro.

Fonte: Sítio do PSTU

Metalúrgicos da GM em São José dos Campos deflagram greve de 24 horas


Os metalúrgicos do primeiro turno da General Motors, em São José dos Campos, realizam uma paralisação de 24 horas nesta sexta-feira (20). Os trabalhadores rejeitaram, em assembleia realizada na quinta-feira (19), a proposta da montadora referente à PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

A General Motors propôs uma PLR de R$ 9.500 (podendo variar entre R$ 7.600 e R$ 11.500 de acordo com a produção) caso os trabalhadores atinjam 100% das metas, o equivalente a produção de 410 mil carros por ano, com antecipação de R$ 5.200 desse valor.

O Sindicato reivindica uma variação de R$ 10.020 a R$ 15.030, com antecipação de R$ 7 mil, que tem de ser paga ainda neste mês de maio.

Cem por cento dos trabalhadores do 1° turno aderiam à greve, bem como os metalúrgicos do segundo turno que, em assembléia realizada à tarde, aprovaram a paralisação de 24 horas.

Em São Caetano, também à tarde, haverá uma assembleia para definir se os trabalhadores vão aderir à greve.

Paralisação dos metalúrgicos em outras regiões

Os metalúrgicos da unidade da Volkswagen, em São José dos Pinhais em Curitiba (PR), estão em greve a mais de 15 dias, contra o valor da PLR proposto pela companhia.

A Volkswagen se mostra intransigente em não avançar na negociação da PLR. Os 3.100 metalúrgicos decidiram na quinta-feira (19) continuar com a greve. Deixaram de ser produzidos na unidade de São José dos Pinhais cerca de 8.910 veículos.

Uma nova assembléia será realizada na próxima segunda-feira (23), às 14h, na frente da empresa com os três turnos para definir os rumos da mobilização.

Os metalúrgicos da montadora Honda, em Sumaré (SP), em greve desde o dia 12, também enfrentam a patronal. O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região acusa a Honda de ”assédio moral coletivo”, após a empresa ter demitido funcionários por telegrama, durante o processo de negociação.

A Honda anunciou 400 demissões, o equivalente a 12% do seu quadro de pessoal.

O Sindicato entrou com pedido de dissídio coletivo no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e irá questionar essas demissões, que foram feitas de maneira arbitraria pela empresa, durante o processo de negociação.

A CSP-Conlutas apoia a greve dos metalúrgicos em curso por uma maior PLR, por melhores salários, pela suspensão das demissões na Honda, e por melhores condições de trabalho.

Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, Estadão e Folha.com

Fonte: Sítio da CSP-Conlutas

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Intolerável: Mais um trabalhador morre em seu local de trabalho

Explosão matou um companheiro e feriu gravemente outros dois

Mais uma morte por acidente de trabalho em nossa região. Reginaldo Saraiva de Souza morreu e outros dois companheiros, Raimundo Nonato de Souza Silva e Osvaldo Mendes do Nascimento, ficaram gravemente feridos por conta de uma explosão que aconteceu na tarde desta terça-feira, dia 17, na Revap (Refinaria Henrique Lage), na zona leste de São José. 

Souza morreu carbonizado e seu corpo só foi retirado do local do acidente no começo da noite.

As vítimas são trabalhadores da empresa LM Comércio e Manutenção Industrial. É a política da Petrobras, uma das empresas com maior lucratividade do mundo, precarizar a contratação de mão-de-obra, por meio de terceirizações e quarteirizações. Tudo para explorar ainda mais os trabalhadores e aumentar seus ganhos.

Segundo relatos de funcionários da Revap, descritos ao jornal "O Vale", os três trabalhadores não conseguiram deixar a unidade de Diesel após a explosão, às 15h28, por conta de problemas com os equipamentos de segurança que usavam.

Em seguida, a sirene de segurança tocou e a área foi evacuada por cerca de 2 mil trabalhadores. Quem estava na refinaria relatou cenas de horror e pânico.

“O fogo subiu cerca de dez metros. Foi uma correria total. Todo mundo saiu em disparada, com medo”, disse um operário ao jornal.

Os trabalhadores que atuam dentro da Revap reclamam faz tempo contra as condições inseguras no interior da refinaria e da sobrecarga de trabalho.

Na manhã de hoje, os trabalhadores fizeram uma paralisação, na entrada do primeiro turno, para protestar contra o acidente e as condições de trabalho no interior da refinaria.

É o segundo trabalhador que morre na Revap somente neste ano.

Fonte: SINDMETALSJC

Trabalhadores da Honda completam 5º dia de greve

Após terremoto, montadora japonesa quer reduzir 1,2 mil empregos

A produção da Honda, instalada em Sumaré (cidade próxima a Campinas), está totalmente paralisada desde a última quinta-feira, dia 12 de maio. O motivo é o anúncio da empresa de reduzir a produção pela metade e também demitir 1.270 trabalhadores diretos e indiretos, a partir de junho.

A justificativa da montadora japonesa é a redução de 50% da produção vinda do país asiático por conta do terremoto que afetou o país, no mês de março.

Se a decisão for mantida, toda a cadeia produtiva estará comprometida e trabalhadores de outras empresas como autopeças, também correrão o risco de perder o emprego.

Segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, atualmente, a Honda produz 600 carros por dia e emprega 3.487 trabalhadores. Na produção, o impacto será de 41% dos postos de trabalho (1.200 trabalhadores diretos e 70 indiretos) e no setor administrativo 12,8%.

Para o Sindicato de Campinas, a proposta da Honda nada mais é que uma medida preventiva para manter sua taxa de lucro, já que ela reduzirá apenas o volume de produção. Neste sentido, a Honda está empurrando o prejuízo aos seus trabalhadores.

“Apesar da solidariedade aos trabalhadores japoneses vitimados pela catástrofe natural, o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região não aceita que os trabalhadores de sua base paguem com seus empregos o custo do desastre natural”, disse o Sindicato, em nota.

Sindicato faz proposta

Como a empresa prevê uma superação da situação já em 2012, o Sindicato propõe que a empresa preserve os empregos e reduza a jornada de trabalho para 5h30 diárias. Além disso, a montadora poderia conceder férias coletivas a grupos de 400 trabalhadores por mês, durante os próximos sete meses.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região manifesta seu total apoio à luta dos companheiros da Honda.

Fonte: SINDMETALSJC

terça-feira, 17 de maio de 2011

TV SINDMETALSJC: Inflação de volta na vida do trabalhador

Trabalhadores da CSN entram em greve de 24 horas

Greve de 24 horas paralisa totalmente a Mina Casa de Pedra em Congonhas
JOÃO PEDRO FREITAS, DE CONGONHAS (MG)*



Os trabalhadores da mineração da CSN entraram em greve de 24 horas nesta segunda-feira (16/5). Os cerca de 2.500 operários da Mina Casa de Pedra, em Minas Gerais, reivindicam reajuste salarial de 15%.

CSN quer arrocho salarial

A CSN apresentou na semana passada uma proposta de 6,3% de reajuste salarial. Este índice corresponde à reposição do INPC. Essa proposta está muito aquém da inflação real e do avanço da lucratividade da empresa.

No 1° trimestre desse ano, a CSN viu seu lucro líquido subir 36%. Em 2010 a empresa obteve uma receita líquida de R$ 14,5 bi, 32% superior a 2009. Já o seu lucro bruto subiu 71%, alcançando R$ 6,8 bi no ano passado. 

Trabalhadores exigem aumento real e PR justa!

Benjamin Steinbruch, presidente da CSN e vice-presidente da FIESP, afirmou ano passado que “5% de aumento real é exagero”. Um dos homens mais ricos do Brasil deixa claro o ponto de vista dos empresários: arrocho salarial.

Mas os trabalhadores estão dando uma resposta à altura. A greve de 24 horas paralisa totalmente a Mina Casa de Pedra, em Congonhas, que produziu 21 milhões de toneladas de minério de ferro em 2010 e que foi a principal responsável pelo faturamento de 3,6 bilhões de reais no setor mineral da empresa.

Os operários exigem 8,7% de aumento real + INPC (6,3%), além da revisão da PR e melhorias nos benefícios. 

15% ou greve por tempo indeterminado!

A revolta dos operários da Mineração da CSN é grande. A inflação alta e os salários baixos estão gerando um descontentamento generalizado. Os trabalhadores já haviam paralisado por 8 horas a empresa no dia 6/5. A cada dia que passa a mobilização avança.

A disposição dos operários pra luta é clara. “Essa semana haverá outra negociação com empresa. Se a CSN não mudar a proposta e avançar para um significativo aumento real, vamos à greve por tempo indeterminado” explica Valério Vieira, presidente do Sindicato Metabase Inconfidentes, que é filiado à CSP-Conlutas.


*João Pedro Freitas é assessor do Sindicato Metabase Inconfidentes
Fonte: Sítio do PSTU

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Governo mantém demissões em Jirau e CSP-Conlutas se retira da mesa de negociação das obras do PAC

A CSP -Conlutas registrou a sua retirada da Mesa Nacional de Negociação do setor da construção civil durante a reunião realizada nesta quinta-feira (12) na parte da manhã.

O representante da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, apresentou à mesa de negociação ofício e proposta de reivindicações da Central, que entre outros temas, exigia um posicionamento político do governo e das centrais sindicais contra as demissões em Jirau e o desconto dos dias de greve dos operários de Suape (PE).

Segundo Lopes, o ministro Gilberto Carvalho declarou que não voltará atrás da sua decisão em relação às demissões. Já as centrais, ainda que tenham dito ser contra “qualquer demissão”, não fizeram nenhuma exigência e ainda disseram que continuarão na negociação.

Diante deste posicionamento a CSP -Conlutas registrou a sua retirada da mesa de negociação.

Para o representante da Central, não é possível aceitar a demissão em massa de 4 mil trabalhadores nas obras de Jirau. “Esta é foi terceira reunião com o governo e infelizmente a única medida tomada concretamente foi a punição aos operários imposta pelas empreiteiras em Jirau”, ressaltou.

A CSP-Conlutas defendeu durante todo o processo de negociação outra pauta, que nem sequer foi tratada, na qual constavam melhores condições de trabalho, segurança, salário e dignidade para os trabalhadores.

“Estivemos nesta negociação para defender quase 100 mil operários que se levantaram em greve contra as péssimas condições de trabalho, agora o governo quer transformar este espaço em uma mesa de enrolação, enquanto pune os trabalhadores”, disse o dirigente ao se retirar. “Não faremos parte desse jogo, não é isso o que os trabalhadores esperam dessa negociação, seguiremos ao lado dos que lutam e acreditamos que será a mobilização direta que garantirá a vitória”, finalizou o dirigente.

Segue abaixo os documentos, ofício e pauta de reivindicações, que foram entregues na reunião.


quarta-feira, 11 de maio de 2011

CSP-Conlutas se solidariza com a greve dos trabalhadores da Volks do Paraná

A CSP Conlutas vem manifestar seu total apoio a greve dos trabalhadores da Volks do Paraná. Nesta quarta-feira eles completam 11 dias em greve. Suas reivindicações são justas. Querem R$ 12 mil de PLR, com um adiantamento de 50% deste valor neste mês de maio. Os lucros da Volks foram enormes, no entanto a empresa mantém uma posição totalmente intransigente.

Repudiamos as declarações do presidente da Volks, de que esta reivindicação ameaça a viabilidade dos negócios da empresa no estado e no país, configurando em uma ameaça e chantagem sobre o sindicato e os trabalhadores daquela localidade. Essas declarações vem no mesmo sentido das feitas pelo secretário geral da Presidência de que os trabalhadores devem moderar seus pedidos nas campanhas salariais para não gerar inflação.

As empresas montadoras no Brasil tem ampliado seus negócios, aumentado suas vendas e remetido grande parcela dos seus lucros para o exterior. Estas mesmas empresas receberam milhões de dolares do governo federal e inúmeras isenções das prefeituras e governos estaduais. Quando os trabalhadores entram em movimento por suas justas reivindicações, cobrando a sua parte, são ameçados e chantageados. Não podemos aceitar esta situação.

A CSP Conlutas chama a todos os sindicatos e as centrais sindicais a desenvolverem uma grande campanha de solidariedade à greve dos trabalhadores da Volks do Paraná e desde já se coloca a disposição para esta campanha. A vitória desses trabalhadores é uma vitória de todos nós, trabalhadores.

Luiz Carlos Prates Mancha pela Secretaria Nacional Executiva da CSP Conlutas

terça-feira, 10 de maio de 2011

Volks não chega a acordo e greve no PR entra no sexto dia

Os 3.600 trabalhadores da unidade da Volkswagen no Paraná entram na terça-feira (10) no sexto dia de greve. Eles protestam contra a proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da empresa.

A fábrica, que fica em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), está parada desde quinta-feira. Nos cálculos do sindicato dos metalúrgicos de Curitiba, cerca de 3.000 veículos Fox, CrossFox e Golf deixaram de ser produzidos.

Nesta segunda pela manhã, uma audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) tentou formular um acordo entre o sindicato e a empresa, mas a Volks manteve a proposta original, sob o argumento de que um aumento prejudicaria a "sustentabilidade" do negócio.

O sindicato pede R$ 12 mil de PLR, com antecipação de R$ 6.000 para este mês, com base nos resultados da unidade e nas propostas feitas em outras montadoras localizadas no Paraná. Já a Volks oferece R$ 4.600 de antecipação, com discussão da segunda parcela apenas no segundo semestre.

Segundo a desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão, que presidiu a audiência no TRT, uma declaração do presidente da Volks do Brasil, Thomas Schmall, "impediu qualquer tentativa conciliatória".

Numa entrevista publicada hoje no jornal "O Estado de S. Paulo", Schmall afirmou que "é melhor aceitar parar a fábrica do que pagar o que estão pedindo". Segundo ele, o PLR de R$ 12 mil "não está conectado com a situação atual" e faria a Volks perder competitividade.

Por causa do impasse, o valor da PLR será definido pela Justiça do Trabalho. O TRT deu um prazo de cinco dias para que a empresa e o sindicato apresentem seus argumentos. Só depois disso, e da manifestação do Ministério Público do Trabalho, é que a Justiça julgará o caso.

Até lá, promete o sindicato, a unidade em Curitiba continua paralisada. Segundo Schmall, podem faltar modelos Fox, CrossFox e Golf no mercado por causa da greve.

OUTRO LADO

Em nota, a Volkswagen ressaltou que o aumento da produção nas unidades paulistas da montadora (usadas como base de comparação pelo sindicato) foi bem maior do que na unidade do Paraná --42% contra 3% nos últimos quatro anos.

A empresa também informou que o PLR pago aos funcionários do Paraná é um dos mais altos entre suas unidades no país, e que o salário médio dos trabalhadores da fábrica paranaense aumentou 54% nos últimos quatro anos, contra 27% no ABC paulista.

ESTELITA HASS CARAZZAI
DE CURITIBA

Fonte: Folha.com

domingo, 8 de maio de 2011

Em defesa dos operários da construção de Rondônia e do Brasil

Centrais e Sindicatos devem exigir do governo: Nenhuma demissão nas obras do PAC!

- Garantia de Emprego para todos;

- Fim da subcontratação e terceirização;

- Aumento geral dos salários;

- Redução da Jornada de Trabalho;

- Folgas de 10 dias a cada 60 dias trabalhados;

- Todas as horas-extras a 100%;

- Eleição de comissões de base com garantia de emprego;

- Dobrar o número de auditores fiscais do MTE, através de concurso público.

Está marcada para a próxima quinta-feira (12) uma nova reunião da comissão nacional de negociação do setor da construção. Nós, da CSP-Conlutas, não temos nenhuma dúvida de que esta reunião tem a obrigação de tomar uma decisão que tenha sentido prático para a vida dos operários da construção de nosso país: apoiar a decisão liminar da Justiça do Trabalho de Rondônia que proíbe as demissões em Jirau!

Não podemos admitir que após as lutas ocorridas em março que revelaram as péssimas condições de trabalho nas obras tenha como resultado a demissão de milhares de operários e, o que é mais escandaloso, com apoio explícito do governo federal.

Durante as duas reuniões da Comissão nenhuma decisão foi tomada sobre o assunto. No entanto, a Secretaria Geral da Presidência, após a última reunião, veio a público respaldar a conduta dos empresários de demitir milhares de trabalhadores.

Nós do movimento sindical temos de exigir, em defesa dos trabalhadores de Rondônia e de nosso país, que esta mesa se posicione contra qualquer demissão! Essa é uma luta de caráter nacional. Nos próximos quatro anos estão previstos investimentos superiores a R$ 1 trilhão para a execução de obras em cerca de 12.000 canteiros de obras do PAC, Minha Casa Minha Vida, Copa e Olimpíadas.
Portanto, para que as entidades sindicais de base tenham força para resistir às pressões das empreiteiras e do governo federal, só faz sentido uma mesa nacional de negociação se esta mesa garantir, antes de qualquer outra coisa, os direitos e a dignidade de quem trabalha.
Se estas demissões se consumarem, ainda que não seja por uma decisão direta desta mesa, será simplesmente uma desmoralização. Que sentido faz uma negociação nacional que feche os olhos para uma demissão em massa de 4.000 trabalhadores?

A CSP-Conlutas se coloca à inteira disposição do Sticcero-RO e de todas as centrais sindicais para resistir a este ataque das empreiteiras, construtoras e do governo federal.

Nos colocamos à disposição para lutar juntos em defesa dos empregos, contra as terceirizações, por aumento geral dos salários, pela redução da jornada de trabalho sem redução dos salários, pela garantia das folgas de 10 dias a cada período de 60 trabalhados, pelas horas extras com adicional de 100%, por eleições das comissões de base com garantia de emprego, salário igual para profissão igual, melhores condições de saúde e áreas de vivência e, ainda, pela contratação de mais auditores fiscais do Ministério do Trabalho, com o objetivo de ampliar as ações preventivas e em defesa da vida desses operários.
Para que vençamos essa batalha serão necessárias muita unidade e a independência política e financeira frente às empreiteiras e ao governo. Sem isso não será possível vencer.

Aliás, sem independência frente aos governos e aos patrões, qual o sentido do papel das centrais sindicais para os trabalhadores?Defender nossa classe significa encará-la sem fronteiras, sem divisão e sem preconceito. No caso em questão significa defender o emprego e adignidade de todos, independentemente de seu país ou estado de origem, sua cor, sexo ou religião.Defender os trabalhadores de Jirau é defender a classe trabalhadora brasileira como um todo. Eis a tarefa à qual estamos sendo chamados.

Atnágoras Lopes – Representante da CSP-Conlutas na Mesa Nacional de Negociação sobre as condições de trabalho na construção

Fonte: sítio da CSP-CONLUTAS

Vitória dos trabalhadores da construção civil

Categoria conquista 10% de reajuste e cesta básica de R$ 35,00



Com corações ansiosos pela notícia que vinha da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE) os operários seguiram na com a assembleia de greve que eclodiu em uma grande explosão de alegria quando o assessor político do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), Valdir Pereira, anunciou o resultado das negociações.

Os mais de 14 piquetes, passeatas e caravanas que vinham de toda Fortaleza e região metropolitana, deram voz as reivindicações dos operários, enquanto Valdir Pereira anunciou que o sindicato patronal aceitou a reivindicação dos trabalhadores de 10%, cesta básica de R$ 35,00 em 12 meses e a retirada do pedido feito pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon/ CE) no Tribunal Regional do Trabalho de abusividade da greve.

O Coordenador Geral do STICCRMF, Nestor Bezerra, colocou em votação a proposta que foi aprovada por unanimidade. Para Nestor, “a vitória desta greve é a vitória de cada operário da construção civil deste estado, não nos curvamos à imposição patronal e agora vemos a certeza dos ganhos que esta campanha trouxe”.

Para José Batista, Coordenador da Central Sindical e Popular CSP/Conlutas, a participação dos trabalhadores e das entidades do movimento sindical, para o dirigente “a vitória desta campanha salarial é uma vitória da CSP/Conlutas e de todos os segmentos que apoiaram nossa campanha salarial”.

Fonte: A Voz do Peão