Os metalúrgicos do primeiro turno da General Motors, em São José dos Campos, realizam uma paralisação de 24 horas nesta sexta-feira (20). Os trabalhadores rejeitaram, em assembleia realizada na quinta-feira (19), a proposta da montadora referente à PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
A General Motors propôs uma PLR de R$ 9.500 (podendo variar entre R$ 7.600 e R$ 11.500 de acordo com a produção) caso os trabalhadores atinjam 100% das metas, o equivalente a produção de 410 mil carros por ano, com antecipação de R$ 5.200 desse valor.
O Sindicato reivindica uma variação de R$ 10.020 a R$ 15.030, com antecipação de R$ 7 mil, que tem de ser paga ainda neste mês de maio.
Cem por cento dos trabalhadores do 1° turno aderiam à greve, bem como os metalúrgicos do segundo turno que, em assembléia realizada à tarde, aprovaram a paralisação de 24 horas.
Em São Caetano, também à tarde, haverá uma assembleia para definir se os trabalhadores vão aderir à greve.
Paralisação dos metalúrgicos em outras regiões
Os metalúrgicos da unidade da Volkswagen, em São José dos Pinhais em Curitiba (PR), estão em greve a mais de 15 dias, contra o valor da PLR proposto pela companhia.
A Volkswagen se mostra intransigente em não avançar na negociação da PLR. Os 3.100 metalúrgicos decidiram na quinta-feira (19) continuar com a greve. Deixaram de ser produzidos na unidade de São José dos Pinhais cerca de 8.910 veículos.
Uma nova assembléia será realizada na próxima segunda-feira (23), às 14h, na frente da empresa com os três turnos para definir os rumos da mobilização.
Os metalúrgicos da montadora Honda, em Sumaré (SP), em greve desde o dia 12, também enfrentam a patronal. O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região acusa a Honda de ”assédio moral coletivo”, após a empresa ter demitido funcionários por telegrama, durante o processo de negociação.
A Honda anunciou 400 demissões, o equivalente a 12% do seu quadro de pessoal.
O Sindicato entrou com pedido de dissídio coletivo no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e irá questionar essas demissões, que foram feitas de maneira arbitraria pela empresa, durante o processo de negociação.
A CSP-Conlutas apoia a greve dos metalúrgicos em curso por uma maior PLR, por melhores salários, pela suspensão das demissões na Honda, e por melhores condições de trabalho.
Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, Estadão e Folha.com
Fonte: Sítio da CSP-Conlutas
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