quarta-feira, 18 de maio de 2011

Trabalhadores da Honda completam 5º dia de greve

Após terremoto, montadora japonesa quer reduzir 1,2 mil empregos

A produção da Honda, instalada em Sumaré (cidade próxima a Campinas), está totalmente paralisada desde a última quinta-feira, dia 12 de maio. O motivo é o anúncio da empresa de reduzir a produção pela metade e também demitir 1.270 trabalhadores diretos e indiretos, a partir de junho.

A justificativa da montadora japonesa é a redução de 50% da produção vinda do país asiático por conta do terremoto que afetou o país, no mês de março.

Se a decisão for mantida, toda a cadeia produtiva estará comprometida e trabalhadores de outras empresas como autopeças, também correrão o risco de perder o emprego.

Segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, atualmente, a Honda produz 600 carros por dia e emprega 3.487 trabalhadores. Na produção, o impacto será de 41% dos postos de trabalho (1.200 trabalhadores diretos e 70 indiretos) e no setor administrativo 12,8%.

Para o Sindicato de Campinas, a proposta da Honda nada mais é que uma medida preventiva para manter sua taxa de lucro, já que ela reduzirá apenas o volume de produção. Neste sentido, a Honda está empurrando o prejuízo aos seus trabalhadores.

“Apesar da solidariedade aos trabalhadores japoneses vitimados pela catástrofe natural, o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região não aceita que os trabalhadores de sua base paguem com seus empregos o custo do desastre natural”, disse o Sindicato, em nota.

Sindicato faz proposta

Como a empresa prevê uma superação da situação já em 2012, o Sindicato propõe que a empresa preserve os empregos e reduza a jornada de trabalho para 5h30 diárias. Além disso, a montadora poderia conceder férias coletivas a grupos de 400 trabalhadores por mês, durante os próximos sete meses.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região manifesta seu total apoio à luta dos companheiros da Honda.

Fonte: SINDMETALSJC

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