terça-feira, 27 de setembro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
Trabalhadores da Embraer entram em greve em São José dos Campos (SP)
Neste momento trabalhadores fazem passeata rumo ao Jardim Paulista
Foto: SindmetalSJC |
Os metalúrgicos do 1º turno da Embraer, unidade da Faria Lima, em São José dos Campos, aprovaram, na manhã desta quinta-feira, dia 22, a realização de uma greve por 24 horas. Neste momento, os trabalhadores estão em passeata, na avenida dos Astronautas, rumo a Praça da Igreja São Judas Tadeu, no Jardim Paulista. Cerca de três mil trabalhadores participam da manifestação.
A paralisação é em razão de impasse na Campanha Salarial. A empresa se nega a iniciar negociações imediatas com o Sindicato e antecipar a data-base de novembro para setembro, a exemplo do que já ocorre em toda a categoria.
Na última segunda-feira, os trabalhadores votaram estado de greve e deram prazo de 48h para a empresa responder às reivindicações, votadas por unanimidade nas assembleias.
Na pauta de reivindicações da categoria também estão incluídas redução da jornada, negociação de PLR direta com o Sindicato, melhores condições de saúde e segurança para os trabalhadores e que a Embraer pare de desviar os ônibus dos funcionários nos dias de assembleia.
Atualmente, as negociações do setor aeronáutico são feitas entre a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Sindicato dos Metalúrgicos. A Embraer é a maior empresa do setor e, somente em São José dos Campos, possui cerca de 12 mil funcionários.
Mais notícias serão publicadas ainda durante a manhã de hoje no site São José dos Campos. http://www.sindmetalsjc.org.br
Fonte: SindmetalSJC
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Metalúrgicos de MG realizam mobilizações nas fábricas e nas ruas
Desde o início deste mês, os metalúrgicos de Minas filiados à Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos e à CSP-Conlutas têm realizado uma forte jornada de mobilização por todo o estado. Já aconteceram protestos e paralisações em dezenas de cidades, como Pirapora, Várzea da Palma, Três Marias, Itaúna e muitas outras. Paralisações e atos públicos estão sendo realizados nos locais de trabalho e em áreas de grande circulação da população, onde estão sendo denunciados os abusos da patronal e as reivindicações da categoria.
Centro-oeste -No dia 2 de setembro, o ato de lançamento da Campanha em Itaúna, cidade do Centro-Oeste mineiro, foi marcado por assembleias nas fábricas Saint-Globain e Arcellor Mittal. à tarde os metalúrgicos percorreram o centro de Itaúna onde foi entregue a pauta e uma carta no INSS do município.
São João Del Rei – No dia 06, foi a vez de São João Del Rei, onde ocorreram assembleias na LSM, Melt, Ligas Gerais, com participação de 100% dos trabalhadores, incluindo os do escritório. Na LSM houve atraso de 40 minutos na entrada dos turnos. Ainda pela manhã os metalúrgicos organizaram um ato unificado no centro de São João, em que participaram categorias em luta do município, como os servidores públicos municipais, professores da rede estadual e funcionários da universidade federal. Durante a manifestação também foi entregue um documento de reivindicações no INSS e terminou na entrada da UFSJR com ato de solidariedade aos funcionários em greve.
Itajubá – Em Itajubá, as mobilizações começaram na madrugada, onde os metalúrgicos da Delphi de Paraisópolis demonstram unidade e disposição de reverter o quadro em favor dos metalúrgicos. Á tarde foi realizada uma grande manifestação no distrito industrial e na portaria da Mahle. Em seguida foi realizada uma grande manifestação no centro da cidade com passeata finalizada na Câmara Municipal. Nesta última foi solicitada a realização de uma audiência pública para cobrar investimentos nas áreas sociais do município, pois, com a previsão de grandes investimentos a cidade corre um grande perigo de inchaço e colapso dos serviços públicos.
Reivindicações -Dentre as principais exigências dos metalúrgicos, estão aumento salarial de 20%, eleições de delegados sindicais, 36 horas de jornada semanal sem redução de salários e sem banco de horas, maior cuidado com a saúde e a segurança nos locais de trabalho e manutenção dos direitos historicamente conquistados pela categoria.
A patronal vive uma situação econômica que a permite atender tranquilamente as reivindicações. Nos últimos anos aumentaram bastante a produtividade e, em geral, a indústria mineira tem crescido acima da média nacional. A imprensa tem divulgado que o lucro líquido aumentou 30% somente no primeiro semestre deste ano. Pesados investimentos foram anunciados nos setores automotivo e siderúrgico do Estado. Para os próximos dois anos estão previstos investimentos na ordem de 100 bilhões de dólares, principalmente nas indústrias metalúrgicas.
Além disso, o governo federal e estadual tem concedido isenções de impostos e incentivos financeiros que aumentam entregam mais dinheiro público para engordar os lucros das empresas, como no programa Brasil Maior, lançado recentemente pelo governo federal e apoiado por centrais sindicais pelegas como a CUT e a Força Sindical.
Aumentam o ritmo de trabalho, os acidentes e o arrocho
Diferente da bonança desfrutada pelas empresas, os trabalhadores tem enfrentado uma situação nada boa. Os salários pagos no estado são a metade dos salários de São Paulo, por exemplo. Com a enxurrada de crédito no mercado nos últimos anos, hoje é muito difícil encontrar algum trabalhador que não esteja endividado. Essa situação se agrava com a alta da inflação e a carestia dos alimentos, que atingem principalmente os mais pobres.
Dentro das empresas é aplicado um programa de reestruturação produtiva permanente que a cada ano garante saltos na produtividade por meio do aumento da exploração. O ritmo de trabalho é infernal e a pressão da chefia se traduz no assédio moral constante contra os operários.
Só para se ter uma idéia, cada trabalhador fatura para os patrões cerca 735 mil dólares ao ano no setor automotivo. Enquanto isso, os salários na FIAT, por exemplo, que é a principal montadora de automóveis do país, não passa de 2 mil reais por mês, em média.
Outro aspecto que mostra de onde vem estes fabulosos lucros é o aumento do número de acidentes e das doenças relacionadas ao trabalho. Este ano já morreram pelo menos 2 trabalhadores somente em Várzea da Palma, vítimas de acidentes no trabalho. Além disso, existe suspeita de uma epidemia de silicose em todo o estado.
Indignação é o combustível da Campanha Salarial
Como se não bastasse, além de suportar as duras penas a situação nos locais de trabalho, as famílias dos trabalhadores também enfrentam uma realidade nada confortável. As escolas públicas são sucateadas, com professores recebendo salários miseráveis, sendo obrigados a recorrer a mais de 100 dias de greve. A saúde pública também vem num constante processo de privatização e sucateamento do SUS, com a aprovação das parcerias público-privadas. Além disso, em diversas cidades, os serviços públicos estão praticamente paralisados por conta de diversas denúncias de corrupção.
Por tudo isso, nas atividades da Campanha Salarial Unificada, os Metalúrgicos tem demonstrado grande insatisfação tanto com a situação dentro das empresas quanto com os problemas vividos por toda população trabalhadora.
Avançar na organização
Os próximos passos da Campanha Unificada dos Metalúrgicos de Minas Gerais será intensificar ainda mais as assembléias e mobilizações em todos os municípios. Vamos seguir adiante para mostrar para a patronal que não estamos para brincadeira e vamos colocar os bloco dos metalúrgicos na rua.
Ricardo Malagoli
Fonte: CSP-Conlutas
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Greve dos operários da construção civil arranca conquista em Belém (PA)
Trabalhadores enfrentaram a repressão da polícia e os ataques da grande imprensa
Após oito dias de uma forte greve que agitou a capital do Pará, os operários da construção civil conquistaram reajustes que chegam a 14% e uma série de outros avanços. A paralisação, deflagrada no dia 5 de setembro, enfrentou a intransigência da patronal, a repressão policial e a criminalização da grande imprensa.
No primeiro dia de greve, os operários tomaram as ruas do centro de Belém em uma marcha que reuniu cerca de 10 mil trabalhadores. Mas desde o início a greve enfrentou a política repressiva do governo Simão Jatene (PSDB). A Tropa de Choque e a Cavalaria, entre outros destacamentos, além de acompanharem as passeatas, foram deslocados para protegerem as propriedades dos empresários e inibir os piquetes nos canteiros de obras. No dia 13, a polícia reprimiu violentamente uma manifestação da greve, detendo dois operários e o diretor do sindicato Zé Gotinha.
Os trabalhadores, porém, não recuaram e mantiverem forte o movimento de greve, que durou oito dias. A patronal, que acenava inicialmente com apenas 7% de reajuste (apenas 1% de aumento real) foi sendo obrigada a aumentar a proposta. Numa segunda rodada de negociações, ofereceu 8%, que também foi recusado pelos trabalhadores. No dia 14, a patronal acenava com novo recuo e os operários suspenderam a paralisação para negociar, mas mantiveram-se em estado de greve.
“Nosso acordo, fruto dessa forte mobilização, foi o melhor que conquistamos em anos”, afirma o diretor do sindicato Aílson Cunha. A proposta aprovada pelos operários garante um salário de R$ 650 aos serventes, o que representa reajuste de 14%; R$ 680 aos semi-profissionais e R$ 900 aos profissionais, ou 12,5% de aumento. Para as demais faixas salariais, o reajuste é de 10%. Além disso, os operários conquistaram 20% de PLR e redução no desconto do vale transporte, de 3% para 2%.
Outros avanços foram o auxílio benefício aos operários incapacitados, enquanto não sai o auxílio do INSS, e o seguro de vida, que passou de R$ 11 mil para R$ 22 mil. “Não conquistamos todas as nossas reivindicações, como a cota de 10% para as mulheres operárias, mas avaliamos como muito positiva nossa greve, derrotamos a patronal e a imprensa burguesa e mostramos que com luta é possível vencer”, afirma Aílson.
Partido tem forte atuação na greve
O PSTU colocou todas as suas forças a favor da greve e aproximou diversos operários, que estão agora discutindo com o partido. ”Chegamos a vender mais de 300 jornais durante a greve”, relata Aílson, também militante do PSTU. ”Só em um canteiro, vendi 45 jornais do Opinião Socialista”, afirma.
Nesse dia 20 de setembro o PSTU promove o debate “Por que existe desigualdade social”, em que espera a presença de pelo menos 30 trabalhadores que se aproximaram do partido durante a greve.
Fonte: Sítio do PSTU
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Metalúrgicos da GM aprovam 10,8% de reajuste e abono
Vitória veio após intensa mobilização da categoria
Os metalúrgicos da General Motors, em São José dos Campos, aprovaram nesta segunda-feira, dia 12, o reajuste salarial de 10,8% a partir de 1º de setembro, o que representa 3,2% de aumento real mais inflação, além de R$ 3 mil de abono e ampliação de cláusulas sociais.
A conquista é resultado da mobilização dos trabalhadores da GM, que chegaram a parar a produção por 24 horas, no dia 6, para que a montadora ampliasse as propostas apresentadas na mesa de negociação. Na ocasião, a empresa havia oferecido apenas 9,4% para novembro e R$ 2 mil de abono.
O reajuste de 10,8% será aplicado aos salários de até R$ 7.700. Para quem recebe acima desse valor, será pago um fixo de R$ 816,74. O piso passa de R$ 1.423 para R$ 1.574,12. O abono será pago já em setembro.
O acordo conquistado pelos metalúrgicos de São José dos Campos é superior ao fechado entre as montadoras e os sindicatos dos metalúrgicos do ABC e de Taubaté, filiados à CUT, que aceitaram o aumento real de 2,4%, abono de R$ 2.500 e negociação apenas a cada dois anos.
Cláusulas sociais
Além do reajuste e abono, os trabalhadores da GM conquistaram licença maternidade de 180 dias para mães adotantes, licença casamento estendida aos trabalhadores com união estável, estabilidade de dois meses após a volta da licença maternidade, reajuste do auxílio-creche e renovação das cláusulas que garantem estabilidade para lesionados e adicional noturno de 30%. Antes mesmo do início das negociações, a GM já havia proposto a retirada das duas últimas cláusulas.
Nos próximos 90 dias, Sindicato e montadora continuarão as discussões sobre a eleição de Delegados Sindicais, uma das mais importantes reivindicações da categoria nesta Campanha Salarial. Eleger delegados é um direito já previsto pela Constituição Federal, mas ainda não cumprido pela maioria das empresas.
“Para conquistar delegados sindicais na GM os trabalhadores enfrentarão uma nova batalha. Esta é uma luta de extrema importância para toda a categoria. Os delegados serão um elo entre os trabalhadores e o Sindicato e quanto mais delegados tivermos na fábrica, mais força teremos para lutar”, afirma Vivaldo Moreira Araújo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas.
“Esta foi uma campanha em que, mais uma vez, os trabalhadores das GM deram exemplo de luta. Apesar de todo discurso dos empresários e do governo federal para que não houvesse aumento real de salário, os metalúrgicos não se intimidaram, foram pra cima e conseguiram garantir seus direitos. Agora, essa mesma força será estendida aos metalúrgicos dos outros setores, como autopeças e eletroeletrônicos”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Luiz Carlos Prates.
domingo, 11 de setembro de 2011
Em greve, operários do Maracanã prometem passeata na próxima semana
Trabalhadores devem dar volta olímpica no estádio contra o que chamam de “descaso” das construtoras
Assembleia dos grevistas em frente ao Maracanã (crédito: Divulgação) |
Parados há mais de uma semana, os 2.200 trabalhadores que tocam a reforma do Maracanã prometem dar uma volta olímpica no estádio na próxima terça-feira (13). O giro será um protesto contra o que chamam de descaso das empresas em relação à greve que teve início na quinta-feira da semana passada (1).
O objetivo da manifestação é reforçar os argumentos que justificam a legitimidade da greve. Na próxima segunda, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp) deve apresentar ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) fluminense a defesa da paralisação.
Isso porque o Consórcio Maracanã Rio 2014 (Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta) considera a greve abusiva e quer que o TRT encerre a paralisação. Na última segunda-feira (5), uma audiência realizada no tribunal terminou sem acordo e os juízes deram prazo de cinco dias úteis para a apresentação das defesas.
Segundo o diretor do sindicato, Romildo Vieira, os operários estão revoltados com inflexibilidade do consórcio, que só negociou por meio judicial. “O consórcio não está dando valor ao trabalhador, não está pensando na comida estragada servida, nas condições ruins de trabalho dos operários. Estamos fazendo nossas assembleias todos os dias e nada de negociação”, disse.
Os operários reivindicam melhores condições de trabalho, presença de nutricionista e médico no turno da noite, troca da empresa que fornece a alimentação, melhoria na refeição e pagamento imediato da cesta básica de R$ 180. Segundo os operários, as empresas fornecem comida estragada.
O consórcio afirma estar cumprindo os acordos firmados no dia 21 de agosto, época em que terminou a primeira greve do Maracanã, e nega que foi servida comida estraga aos operários.
Vanessa Cristani, do Rio de Janeiro
Fonte: Portal Copa 2014
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
No 2º dia de greve operários da construção civil de Belém voltam a se mobilizar; envie moção
Em Belém, o segundo dia da greve dos trabalhadores da construção civil mobilizou mais de 5 mil operários. Na manhã de terça-feira (6) diversos piquetes espalhados pela cidade se encaminharam a sede do sindicato localizada na Travessa 9 de Janeiro, centro da cidade, para concentração do ato público. Em seguida a categoria decidiu seguir em caminhada até a sede do SINDUSCON (Sindicato Patronal) para pressionar os empresários a negociar com o comando de greve a proposta de aumento.
A passeata tomou as ruas do centro de Belém, a Avenida Governador José Malcher e depois a Brás de Aguiar ficou lotadas de trabalhadores. Os operários gritavam palavras de ordem como: “Contra o governo, contra o patrão, quero salário, saúde e educação!”.
Uma Carta à Sociedade foi elaborada pelo sindicato e distribuída à população nas ruas que observavam os protestos. A Carta denuncia os casos de acidentes e mortes nos canteiros de obras da cidade, e divulga os lucros absurdos obtidos pelos empresários com os empreendimentos espalhados pela capital.
Patrões não avançam na negociação
Embora os patrões tivessem prometido não negociar com os trabalhadores em greve, a mobilização e os protestos em frente à sede do SINDUSCON conseguiu que o comando de greve sentasse com a patronal. Os trabalhadores ficaram em frente à Patronal esperando o comando voltar da negociação. Porém, os patrões menosprezaram a mobilização e se negaram a avançar em aumento para além da proposta inicial de 10% (INPC + 3,32%aumento real). “Vamos manter a nossa proposta de 20% de aumento, 10% das vagas nas empresas para mulheres, classificação e qualificação para as operárias, plano de saúde e cesta-básica”, disse Cleber Rabelo dirigente da greve.
Na saída da negociação, os membros do comando de greve deram informe da reunião: “Eu tenho dois filhos, uma família que depende do meu salário. Eu só arredo o pé da greve com aumento” disse “o patrão de carro novo e o peão só come ovo”.Os trabalhadores realizaram uma assembléia e decidiram continuar a greve nesta quinta-feira. “A greve continua na quinta-feira até os patrões se dobrarem” disse Atnágoras Lopes diretor do sindicato e representante da CSP Conlutas.
Walter Santos
Fonte: Sítio da CSP-Conlutas
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Metalúrgicos da General Motors entram em greve por reajuste salarial
Os metalúrgicos da General Motors, em São José dos Campos, entraram em greve de 24 horas nesta terça-feira, dia 6. Em assembléia, os trabalhadores do primeiro turno rejeitaram a proposta de 9,4% de reajuste salarial (INPC + 2% de aumento real) a partir de novembro e abono de R$ 2 mil.
A proposta foi apresentada pela empresa na rodada de negociação ocorrida ontem, dia 5, pela Campanha Salarial 2011. Os metalúrgicos reivindicam 17,45% de reajuste, ampliação das cláusulas sociais e direito a eleição de delegados sindicais.
A fábrica da GM em São José dos Campos possui cerca de 9 mil trabalhadores e produz os modelos Corsa, Meriva, Classic, Zafira, S10, Blazer e kits desmontados para exportação, além de de motores e transmissões. Com a paralisação, deixarão de ser fabricados cerca de 940 veículos.
Uma nova assembleia com os trabalhadores do segundo turno acontecerá por volta das 14h30. Os metalúrgicos só voltam a produzir a partir de quinta-feira.
A empresa ainda não marcou uma nova rodada de negociação, mas se não houver avanços pode ser deflagrada greve por tempo indeterminado na unidade.
“Essa proposta tem de ser encarada como uma provocação. Todos os trabalhadores sabem o momento favorável que a GM e a economia brasileira estão vivendo. No ano passado, as vendas da GM tiveram um crescimento de 10%. Este ano a indústria automobilística teve o melhor agosto de sua história. Portanto, é inaceitável que a empresa venha com uma proposta rebaixada para a mesa de negociação”, afirma Antonio Ferreira de Barros, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas.
A proposta da GM abrange trabalhadores com salários de até R$ 7.200. Quem recebe acima desse valor receberia um fixo de R$ 546.
SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
No primeiro dia da greve, 12 mil trabalhadores da construção civil tomam as ruas de Belém
O primeiro dia da Greve dos operários da construção civil de Belém impactou e paralisou a cidade. Mais de 25 mil trabalhadores da região metropolitana que compreende Belém, Ananindeua e Marituba, iniciaram a segunda-feira em greve por melhoria salarial e cesta básica. Nas ruas cerca de 12 mil trabalhadores realizaram arrastões e pararam todas as obras. Dois atos se formaram, um pela Rodovia Augusto Montenegro, com o companheiro Ailson Cunha a frente e outro vindo pela Avenida Almirante Barroso com a liderança de Cléber Rabelo e Atnágoras Lopes. Ao final os dois atos se encontraram na região do entroncamento que liga as duas avenidas.
O governo e a sua polícia do lado dos patrões
O governador Simão Jatene (PSDB) não perdeu tempo e logo pela manhã apareceu com todo o seu aparato policial para reprimir a greve. Ficou a serviço da ROTAM (Ronda Tática Metropolitana), polícia especializada em repressão, a tarefa de sufocar a mobilização. Eram viaturas, cavalaria, cães treinados, gás lacrimogêneo, táticos entre outros artifícios a serviço dos donos das empreiteiras. Um dos casos piores foi o das obras na Santa Casa de Misericórdia, uma obra do governo do estado, em que dois trabalhadores foram presos e tiros foram deflagrados contra os operários que paravam as obras. “Acabou a ditadura, mas a polícia continua reprimindo. O governo não dá nenhum apoio. A gente tem que ir pra rua pra conseguir alguma coisa”,relatou o operário Rodrigues, da empresa Freire Mello.
Clima de indignação
Apesar da repressão a adesão da categoria foi absoluta. “O clima é de luta e indignação. Queremos salário, saúde e educação! Somos pais e mães de família, e lutamos pela melhoria de vida de todos”, explanava Cleber Rabelo do alto do carro som para a massa de trabalhadores. Fazendo a alusão a tradicional marcha religiosa do Círio de Nazaré que ocorre anualmente em Belém, os trabalhadores começaram a gritar a palavra de ordem: “Ão, ão, ão é o Círio do Peão” para expressar a multidão que tomava conta da cidade.
Durante a passeata os trabalhadores também gritavam a palavra de ordem “se a construção civil cresceu, eu quero o meu” colocando pra fora a opressão e a exploração vivida dentro dos canteiros de obra de Belém e a necessidade de repartir a riqueza do país.
A presença forte de operárias
Também foi outro marco do primeiro dia de greve. Com faixas reivindicando direitos e bandeiras do Movimento Mulheres em Luta as mulheres tiveram uma participação bem ativa. “As operárias devem se unir aos companheiros para tirarmos da patronal nosso aumento e o nosso direito a qualificação e classificação da nossa função do rejunte dentro do canteiro. A reserva de 10% das vagas será fundamental para dar mais oportunidade para as mulheres” disse Deusinha Coordenadora Geral do Sticmb.
A mobilização vai continuar
Após o ato o Comando de Greve formado pela diretoria e vários companheiros da base irá se reunir na sede do sindicato e realizar os ajustes para a o dia de amanhã (terça-feira). Ainda durante a tarde, às 16 horas a comissão de negociação irá se reunir com a patronal para tentar negociação.
O envolvimento das entidades está sendo muito importante para fortalecer a luta dos operários da construção civil de Belém por melhores condições de vida. Entre elas o PSTU, o PCB, a CSP Conlutas, a ANEL, o SINDITIFES, ADUFPA, DCE UFPA entre outros. Envie nota de apoio. Fortaleça essa luta! sticmbpara@yahoo.com.br.
Walter Santos
Fonte: Sítio da CSP-Conlutas
Cerca de 10 mil operários marcham no primeiro dia de greve da construção civil de Belém (PA)
Trabalhadores enfrentam repressão policial em canteiros de obras do governo
Começou forte o primeiro dia de greve dos trabalhadores da construção civil de Belém (PA) nesse dia 5 de setembro. A paralisação havia sido deliberada na assembleia realizada no último dia 25 e que reuniu 2 mil operários, e ratificada no dia 1º, prazo dado à patronal. “Nossa greve começou muito forte, os trabalhadores estão indignados com os baixos salários e as condições de serviço e estão demonstrando muita disposição de luta”, afirma Cleber Rabelo, dirigente do Sindicato da Construção Civil de Belém (PA). Após paralisarem os canteiros, cerca de 10 mil trabalhadores marcharam pelas principais ruas da cidade.
“Saímos dos canteiros e fomos até o sindicato e de lá seguimos em passeata pela Almirante Barroso até o Entroncamento, e tomamos conta da Praça do Monumento da Cabanagem”, informa Cleber. Lá os operários realizaram assembleia para definir os rumos do movimento. O dirigente denuncia ainda que o governo deslocou todo o aparato repressivo para acompanhar as mobilizações. Além da Tropa de Choque e do COE (Comando de Operações Especiais), várias viaturas do Comando Tático e até caminhões da Cavalaria acompanharam os operários.
Em algumas obras do governo, como a da Santa Casa, a polícia reprimiu com bombas de gás e spray pimenta. Dois operários também acabaram detidos.“Os trabalhadores questionaram essa atitude vergonhosa do governo, porque aqui não tem bandidos, somos todos pais e mães de família lutando por um salário justo”, indigna-se Cleber.
Reivindicações
No início das negociações da campanha salarial, a patronal ofereceu apenas o equivalente a 1% de reajuste real, uma provocação que indignou os operários. Após várias mobilizações e pressão, o Sinduscon-PA, sindicato patronal, acenou com reajuste real de 3%, ainda bem abaixo dos lucros do setor no último período e das necessidades dos operários. A reivindicação dos trabalhadores é de salário de R$ 680 aos serventes, R$ 770 aos meio-oficiais, R$ 1000 para os profissionais; além de cesta básica de R$ 150, plano de saúde, qualificação e 10% de vagas para as mulheres. A incorporação das reivindicações das mulheres e a participação feminina estão sendo destaque nessa campanha.
Além da pauta salarial, Cleber destaca ainda o conjunto de reivindicações políticas que estão sendo levantadas nas mobilizações. “Nossa luta também é contra a corrupção que impera nesse estado, exigindo a prisão dos corruptos, contra a divisão do Pará e contra a usina de Belo Monte”, afirma.
Uma negociação no Tribunal Regional do Trabalho estava marcada para as 16h desse dia 5, mas a patronal, além de se manter intransigente, não havia confirmado presença.
Fonte: Sítio do PSTU
Morte de metalúrgico revela negligência da Embraer
Um acidente tirou a vida de um jovem trabalhador na manhã desse dia 1º de setembro na planta da Embraer em São José dos Campos (SP). Leia a nota divulgada pelo sindicato
SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SJC E REGIÃO
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, considera que houve negligência por parte da Embraer, no acidente que resultou na morte do monitor de montagem elétrica Vinícius Machado Mendes, 29 anos.
O trabalhador morreu nesta quinta-feira, dia 1º, ao ter a cabeça prensada entre duas portas acionadas por sistema elétrico, dentro da fábrica, no hangar de montagem final de aeronaves, no F220. Vinícius trabalhava há oito anos na fábrica, era casado e tinha uma filha de cinco anos.
O acidente aconteceu por volta das 8h45, quando Vinicius acionou um botão para que a porta do hangar do F-220 se abrisse. Ao que tudo indica, simultaneamente, um outro funcionário que estava do lado oposto acionou o botão para que a porta se fechasse. Com isso, a cabeça de Vinícius foi pressionada.
No local, não há qualquer dispositivo de segurança que impedisse o acidente, o que é responsabilidade da empresa. O risco dessa situação já havia sido apontado anteriormente por trabalhadores do setor à Embraer.
Acionada pelo Sindicato, a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e a Polícia estiveram hoje no local para apurar as condições em que o acidente ocorreu, mas ainda não há data para divulgação de laudo técnico.
A morte de Vinícius Mendes mostra o descaso da Embraer com a segurança de seus funcionários. Somente este ano, ocorreram pelo menos outros dois acidentes graves. Em um deles, uma trabalhadora teve parte do dedo decepada por uma máquina. Em outro, o trabalhador teve a testa atingida por um equipamento. Três meses após o acidente, o mesmo trabalhador foi demitido.
O Sindicato vai intensificar a mobilização na fábrica para exigir medidas imediatas e permanentes que garantam a saúde e segurança de todos os trabalhadores. A entidade também acompanhará as investigações do caso para que tudo seja apurado e os culpados sejam responsabilizados.
Fonte: Sítio do PSTU
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Operários da construção civil de Belém recusam proposta da patronal e aprovam greve para 5 de setembro
Apesar dos altos lucros, patrões ofereceram apenas 1% de aumento
Foram cerca de 2 mil trabalhadores que lotaram a assembleia geral no dia 25 de agosto, na região central de Belém, para deliberar sobre a campanha salarial 2011 da categoria. Um sentimento de indignação tomou conta da multidão de operários quando a diretoria do sindicato anunciou a proposta da patronal de apenas 1% de aumento. ”Não vamos recuar! É greve, greve, greve!”, gritavam os trabalhadores cansados dos baixíssimos salários pagos pelos empresários e pelas péssimas condições de trabalho nos canteiros de obras. A assembleia foi convocada para decidir o rumo da campanha salarial depois da 2ª rodada de negociação realizada com os empresários dia 24. O Sinduscon, sindicato da patronal, ofereceu apenas migalha diante dos altíssimos lucros obtidos pelas empresas nos últimos meses.
“Os trabalhadores da construção civil de todo o estado do Pará estão em uma campanha salarial unificada porque do jeito que está não dá pra ficar!”, relatou o companheiro Zé Gotinha, diretor do sindicato de Belém e um dos coordenadores da assembleia. Os trabalhadores em unanimidade votaram pela manutenção da proposta inicial e início da greve a partir do dia 5 de setembro, segunda-feira, caso os patrões não avancem na negociação com o sindicato. Foi aprovado o prazo de até o dia 1º de setembro, quinta-feira, quando será realizada outra assembleia geral para encaminhar a greve.
A importância desta luta para o conjunto da classe trabalhadora se expressou na boa participação das mulheres operárias que estiveram em grande número, fruto da incorporação de pautas específicas (creche nos locais de trabalho, licença maternidade e salário igual para trabalho igual) na luta geral dos trabalhadores, mostrando a necessidade cada vez maior de fortalecermos a luta contra o machismo.
A proposta dos trabalhadores é: servente R$ 680,00; meio-oficial R$ 770,00; profissional R$ 1.000,00; cesta básica de R$ 150,00; Plano de Saúde; Qualificação e Classificação para as operárias e 10% de vagas para as mulheres.
Ao final da assembleia os trabalhadores saíram em passeata em direção à sede do sindicato dos empresários para mostrar a força da categoria e dizer ‘não’ à migalha de salário oferecida pelos patrões. Os operários dialogaram com a população pedindo o apoio a luta dos trabalhadores. Além disso, os operários protestaram contra a construção de Belo Monte, reivindicando que o dinheiro desta obra seja revestido para construir casas populares e também se manifestaram contra a Divisão do Estado do Pará e pela defesa dos 10% do PIB para a educação.
O PSTU marcou presença com faixa e panfletos em apoio a campanha salarial como também levantando as bandeiras e apresentando seu jornal para a categoria e fez sua intervenção afirmando que sua militância estará ombro a ombro nessa luta.
WALTER SANTOS, DE BELÉM (PA)
Fonte: Sítio do PSTU
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