Os metalúrgicos da General Motors, em São José dos Campos, entraram em greve de 24 horas nesta terça-feira, dia 6. Em assembléia, os trabalhadores do primeiro turno rejeitaram a proposta de 9,4% de reajuste salarial (INPC + 2% de aumento real) a partir de novembro e abono de R$ 2 mil.
A proposta foi apresentada pela empresa na rodada de negociação ocorrida ontem, dia 5, pela Campanha Salarial 2011. Os metalúrgicos reivindicam 17,45% de reajuste, ampliação das cláusulas sociais e direito a eleição de delegados sindicais.
A fábrica da GM em São José dos Campos possui cerca de 9 mil trabalhadores e produz os modelos Corsa, Meriva, Classic, Zafira, S10, Blazer e kits desmontados para exportação, além de de motores e transmissões. Com a paralisação, deixarão de ser fabricados cerca de 940 veículos.
Uma nova assembleia com os trabalhadores do segundo turno acontecerá por volta das 14h30. Os metalúrgicos só voltam a produzir a partir de quinta-feira.
A empresa ainda não marcou uma nova rodada de negociação, mas se não houver avanços pode ser deflagrada greve por tempo indeterminado na unidade.
“Essa proposta tem de ser encarada como uma provocação. Todos os trabalhadores sabem o momento favorável que a GM e a economia brasileira estão vivendo. No ano passado, as vendas da GM tiveram um crescimento de 10%. Este ano a indústria automobilística teve o melhor agosto de sua história. Portanto, é inaceitável que a empresa venha com uma proposta rebaixada para a mesa de negociação”, afirma Antonio Ferreira de Barros, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas.
A proposta da GM abrange trabalhadores com salários de até R$ 7.200. Quem recebe acima desse valor receberia um fixo de R$ 546.
SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)
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