Nota dos Petroleiros da CSP-Conlutas
Repressão na Petrobras passa de todos os limites, nem na ditadura ela foi tão longe
Havia uma discussão entre os petroleiros do Norte Fluminense (RJ) de iniciar uma greve a partir dessa segunda-feira (21). A direção da Petrobras, mostrando que seus comerciais de televisão são uma farsa, e que contra os trabalhadores valem os métodos da Ditadura Militar, ocupou o TECAB, Terminal de Cabiúnas.
No domingo (20) às 14 horas uma “equipe de pelegos” intitulada de “Grupo de Contingência” ocupou este Terminal, escoltada por um forte e expressivo contingente de seguranças armados.
O grupo B de trabalhadores, que realizou suas atividades normalmente, foi retirado à força da unidade, pelas portas dos fundos. O grupo A foi impedido de entrar (sequer houve transporte para esses trabalhadores em casa).
Em uma demonstração de máxima truculência, em meio à campanha salarial e no mesmo que estava marcada uma reunião com o presidente da empresa Gabrielli, a Petrobras demonstra qual seu modo de negociação.
Some-se esta atitude aos interditos proibitórios impetrados na Bahia, Sergipe e Alagoas; a repressão policial contra os grevistas em Salvador; o aumento das “batidas de segurança” nos ônibus da Replan; Equipes de Contingência (pelegos) nas plataformas (só na Bacia de Campos, a empresa embarcou mais de 500 supervisores, gerentes e outros “fura greves” que não estavam na escala) e cárcere privado de trabalhadores nas unidades operacionais da Petrobras, Transpetro e Petrobras Biocombustível (RLAM, Temadre, Fafen, campos terrestres da UOBA em todo o Recôncavo, usina de Candeias).
De última hora, agora, a direção da Petrobras lança um “Comunicado à força de trabalho da Bacia de Campos” em que descaradamente afirma que “Tendo em vista que, no último dia 18, o Sindipetro-NF indicou à categoria o início de uma greve, com controle da produção a partir do primeiro minuto do dia 21 de novembro, a Petrobras buscou garantir a integridade de seus profissionais, das instalações e o controle das atividades operacionais, e entrou ontem com uma ação judicial, obtendo no mesmo dia, da Justiça do Trabalho, a Decisão Liminar de Interdito Proibitório.
O documento determina que o Sindicato não promova a ocupação das dependências da Petrobras e resguarda à Companhia o controle integral das suas atividades e, principalmente, possibilita a livre circulação dos seus empregados, gerentes e demais técnicos que desejam trabalhar, respeitando também a integridade física e psicológica dos referidos profissionais.
A decisão proíbe que o Sindipetro-NF interfira no livre exercício do trabalho daqueles que queiram embarcar ou desembarcar, e assim exercer regularmente suas atribuições nas plataformas e nas unidades administrativas da Bacia de Campos.
Repressão na Petrobras passa de todos os limites, nem na ditadura ela foi tão longe
Havia uma discussão entre os petroleiros do Norte Fluminense (RJ) de iniciar uma greve a partir dessa segunda-feira (21). A direção da Petrobras, mostrando que seus comerciais de televisão são uma farsa, e que contra os trabalhadores valem os métodos da Ditadura Militar, ocupou o TECAB, Terminal de Cabiúnas.
No domingo (20) às 14 horas uma “equipe de pelegos” intitulada de “Grupo de Contingência” ocupou este Terminal, escoltada por um forte e expressivo contingente de seguranças armados.
O grupo B de trabalhadores, que realizou suas atividades normalmente, foi retirado à força da unidade, pelas portas dos fundos. O grupo A foi impedido de entrar (sequer houve transporte para esses trabalhadores em casa).
Em uma demonstração de máxima truculência, em meio à campanha salarial e no mesmo que estava marcada uma reunião com o presidente da empresa Gabrielli, a Petrobras demonstra qual seu modo de negociação.
Some-se esta atitude aos interditos proibitórios impetrados na Bahia, Sergipe e Alagoas; a repressão policial contra os grevistas em Salvador; o aumento das “batidas de segurança” nos ônibus da Replan; Equipes de Contingência (pelegos) nas plataformas (só na Bacia de Campos, a empresa embarcou mais de 500 supervisores, gerentes e outros “fura greves” que não estavam na escala) e cárcere privado de trabalhadores nas unidades operacionais da Petrobras, Transpetro e Petrobras Biocombustível (RLAM, Temadre, Fafen, campos terrestres da UOBA em todo o Recôncavo, usina de Candeias).
De última hora, agora, a direção da Petrobras lança um “Comunicado à força de trabalho da Bacia de Campos” em que descaradamente afirma que “Tendo em vista que, no último dia 18, o Sindipetro-NF indicou à categoria o início de uma greve, com controle da produção a partir do primeiro minuto do dia 21 de novembro, a Petrobras buscou garantir a integridade de seus profissionais, das instalações e o controle das atividades operacionais, e entrou ontem com uma ação judicial, obtendo no mesmo dia, da Justiça do Trabalho, a Decisão Liminar de Interdito Proibitório.
O documento determina que o Sindicato não promova a ocupação das dependências da Petrobras e resguarda à Companhia o controle integral das suas atividades e, principalmente, possibilita a livre circulação dos seus empregados, gerentes e demais técnicos que desejam trabalhar, respeitando também a integridade física e psicológica dos referidos profissionais.
A decisão proíbe que o Sindipetro-NF interfira no livre exercício do trabalho daqueles que queiram embarcar ou desembarcar, e assim exercer regularmente suas atribuições nas plataformas e nas unidades administrativas da Bacia de Campos.
A liminar também estabelece ao sindicato multa pelo descumprimento da decisão da Justiça do Trabalho, no valor de R$ 100 mil por dia, por plataforma e por unidade terrestre.
A Petrobras reitera que respeita a Lei de Greve e confia na maturidade dos dirigentes sindicais em acatar as decisões da Justiça, que visam preservar a liberdade da nossa força de trabalho e a integridade das operações na Bacia de Campos.”
É um INTERDITO PROIBITÓRIO por AMEAÇA DE GREVE maior ataque que este não pode existir.
Aceitar esses ataques é uma humilhação para os petroleiros brasileiros que iniciaram sua luta contra a Ditadura Militar.
Na reunião de hoje com Gabrielli a primeira exigência da FUP deve ser a retirada imediata deste interdito proibitório.
Os petroleiros e todos os setores do movimento sindical e popular não podem aceitar este tipo de agressão.
Todas as negociações devem ser suspensas até que o Grupo de Contingência (pelegos) e a Segurança Privada Armada sejam retirados de todas as instalações da Petrobras e tenha fim o “cárcere privado” dos trabalhadores.
A GREVE GERAL NACIONAL PETROLEIROS deve ser convocada imediatamente para ter inicio esta semana, pelas reivindicações da campanha salarial e pelo fim da repressão na empresa.
Veja Carta Aberta aos petroleiros sobre a greve nacional
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