quarta-feira, 26 de outubro de 2011

ITÁLIA: Ao lado dos operários da FIAT, por uma temporada de lutas


A FIOM [Federação dos Metalúrgicos] convocou uma greve geral dos trabalhadores de todas as fábricas do Grupo FIAT para 21 de outubro, sexta-feira. Trata-se da primeira mobilização dos operários da multinacional de Turim convocada pela Federação ligada à CGIL [principal central sindical italiana] depois de muito tempo.

Dada a importância histórica da FIAT na Itália, que se mantém até hoje, apesar da crise que a afetou gravemente, assim como todas as multinacionais do setor automobilístico, os resultados desta disputa terão um impacto, positivo ou negativo, em todos os trabalhadores.

Uma longa atitude antioperária

A política sindical da empresa sempre foi hostil aos trabalhadores e aos sindicatos combativos. Não somente em relação à história de confrontos entre a empresa, o sindicato e os trabalhadores desde sua fundação, mas também em relação a fatos mais recentes, como as demissões de delegados sindicais independentes ocorridas nos últimos anos; os milhares de processos disciplinares impostos todos os anos aos operários, etc.

O salto de qualidade da gestão Marchionne

Todavia, sob a gestão de Marchionne, assistimos a um salto de quantidade e de qualidade na política da empresa desde junho de 2010. A FIAT iniciou um ataque duríssimo a seus operários e à FIOM, sem economizar golpes, com a introdução de um novo contrato coletivo para os trabalhadores da FIAT de Pomigliano. Em essência, foram eliminados os direitos dos operários, dando um sinal aos trabalhadores do Grupo e ao conjunto dos trabalhadores: o tempo das negociações habituais entre as empresas e os sindicatos acabou. Existe um patrão com o qual os funcionários têm um só dever: obedecer e trabalhar em silêncio.

Dizia-se, na época, que o comportamento da FIAT se devia a dificuldades específicas para gerir uma fábrica como a de Pomigliano. Nela, os trabalhadores se opunham às condições de trabalho muito pesadas há anos, a um sistemático recurso à Caixa de Integração1 e, portanto, a salários reduzidos pela metade.

Como o PdAC havia previsto, o caso de Pomigliano não foi um caso isolado, uma exceção, ainda que infeliz. Mais cedo ou mais tarde, todas as outras unidades do Grupo seriam atingidas por essa medida autoritária, que seria depois expandida a todos os trabalhadores italianos. Assim foi: primeiro com a Mirafiori em Turim, depois a Bertone em Grugliasco. Para as fábricas de Termini Imerese, Irisbus de Avellino e CNH de Imola, optou-se pela solução extrema: fechamento e demissão de milhares de trabalhadores.

Para os demais operários, próprios e terceirizados, a nova política da FIAT foi concretizada pelo acordo entre os sindicatos e a Federação das Indústrias em 28 de junho de 2011 e o Artigo 8 do recente pacote financeiro do governo. Em ambos os casos, o modelo Marchionne é adotado, decretando na prática a morte do contrato nacional de trabalho e a destruição dos sindicatos por ramos de produção. Em seu lugar, entram os sindicatos por empresa, com o objetivo claro de ligá-los e subordiná-los às exigências dos capitalistas, colocando os operários das várias empresas em concorrência entre si.

Um ataque a todos os trabalhadores

Uma vez que o apetite vem com a comida, a FIAT não para e, com o anúncio da saída da Federação das Indústrias a partir de janeiro de 2012, afirma indiretamente que deseja liberar-se das negociações nacionais e contratos coletivos. Como explicar este comportamento? O setor automobilístico foi o mais atingido pela crise de 2008, e a FIAT, que é a mais fraca entre as grandes empresas do setor, encontra-se há tempos em fortes dificuldades. É também a que menos investe em pesquisa e desenvolvimento, por causa do seu fraco balanço, e, portanto, procura recuperar os lucros aumentando a exploração da mão de obra. É óbvio que, numa situação como essa, qualquer mínimo obstáculo ou atraso em seus planos aparece para a direção da empresa como um atentado à sua sobrevivência. 

A direção da FIOM: realismo ou oportunismo?

Mas essa atitude é facilitada pela falta de resistência das entidades sindicais: não só a CISL, a UIL e a CGIL não se opõem aos planos da FIAT, mas a própria FIOM, que é vista por muitos como o último baluarte de defesa dos operários, tem grande responsabilidade pela situação na qual se encontram hoje os trabalhadores da FIAT e os demais.

Landini, secretário do setor metalúrgico da CGIL, que denunciava o acordo de Pomigliano como o primeiro passo para um ataque generalizado aos trabalhadores, não foi consequente com esta premissa: não só não chamou a greve por tempo indeterminado em Pomigliano para derrotar os planos da empresa como também não fez um apelo à mobilização de todos os trabalhadores do Grupo, como uma greve geral contra a política da FIAT, da Federação das Indústrias e do governo que, além das diferenças de fachada, têm o mesmo objetivo: dar um golpe mortal no proletariado.

Em Mirafiori, quando os operários responderam com uma avalanche de “Não” no referendo “fraude” sobre o acordo, Landini se limitou a denunciar a empresa à justiça burguesa: com quais resultados? Que os juízes, não sendo árbitros acima das partes, reconheceram, apesar das próprias leis feitas pela burguesia, o direito dos patrões de impor nas fábricas a sua lei, demonstrando mais uma vez que os juízes não são mais do que guardas do capital e dos seus interesses.

Na fábrica Bertone, Landini bateu todos os recordes de cinismo e oportunismo, dando liberdade para que a Representação Sindical Unitária (RSU, espécie de Comissão de Fábrica), dirigida pela FIOM, assinasse um acordo idêntico ao de Pomigliano e Mirafiori.

Por esses motivos, a greve de sexta-feira corre o risco de ter chegado muito tarde, e de encontrar uma classe operária desencorajada pelas muitas ocasiões perdidas no último ano e meio.

Generalizar o conflito social: por um verdadeiro outono quente

Nós acreditamos que o jogo ainda não está decidido, pois estamos na previsível véspera de um crescimento das lutas na Itália, como já está ocorrendo, com ritmos diferentes, em várias partes da Europa.

Os operários de Termini, Avellino e Imola mostram isso ao não aceitarem que outros determinem o seu futuro. Mas também os operários da Ferrari de Maranello, a “joia da coroa” da FIAT, que decidiram que não limitarão sua luta à greve do dia 21, mas continuarão até que a empresa reconheça os seus direitos, sindicais e salariais, deixando de tratá-los como escravos em troca de um salário que não permite uma vida digna. E, enfim, uma prova de que nada está perdido chega com a enorme demonstração do dia 15 de outubro. Mesmo que a manifestação de rua tenha sido impedida pela repressão burguesa, que se aproveitou da desorganização da manifestação desejada pelos grupos que a promoviam e pela intervenção infantil dos vários “quebradores de vitrine”.

Usando como pretexto os fatos do dia 15, o governo – muito mais preocupado com o possível crescimento das lutas operárias do que com qualquer anarquista – anunciou um endurecimento das normas repressivas. O primeiro ato, com acordo do prefeito de Roma, foi proibir os operários de marchar pela cidade no dia 21. A burguesia e seus políticos - de centro-direita e centro-esquerda - não têm medo de qualquer dezena de pseudo-anarquistas, mas de milhares de operários que podem realmente bloquear o país, como está ocorrendo na Grécia e nos países árabes, a partir do Egito, onde a classe operária foi protagonista da derrubada de Mubarak.

A burocracia sindical, como Landini e Airaudo, também é consciente desta possibilidade e procura evitar aquilo que eles chamam de “incidentes” por todos os meios: fingem usar uma linguagem “radical”, quando na realidade foram constrangidos a proclamar a mobilização, que se prevê imponente, porque não podiam fazer o contrário. Ao mesmo tempo, estão prontos para trair as justas expectativas e reivindicações dos seus representados na primeira ocasião. Disseram isso explicitamente na assembleia nacional dos dirigentes da FIOM no mês passado, anunciando a disposição de “congelar o conflito”, a partir de um chamado de volta à mesa de negociação com os patrões.

O 21 de outubro deve ser uma jornada de lutas sem trégua contra patrões, governo, políticos da burguesia e burocratas sindicais que, numa espécie de nova União Sagrada, tentam desesperadamente evitar que a situação fuja das suas mãos.

O PdAC participa da mobilização com estas palavras de ordem:

  • Não ao acordo do dia 28 de junho!
  • Não ao plano “fábrica Itália” da FIAT!
  • Aumento dos salários para recuperar o poder de compra!
  • Abolição das leis de precarização. Transformação dos contratos de trabalho precário em contratos por tempo indeterminado!
  • Salário mínimo garantido para os trabalhadores e salário social para os desempregados!
  • Plenos direitos civis e sindicais para os trabalhadores imigrantes!
  • Ocupação e nacionalização, sem indenização e sob controle operário, da FIAT e de todas as empresas estratégicas, a partir daquelas que demitem ou recorrem à Caixa de Integração!
  • Que a crise seja paga pelos patrões e banqueiros!
  • Fora o governo Berlusconi! Por um governo dos trabalhadores!
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Nota:
1. Consiste no pagamento pela Seguridade Social de parte dos salários dos trabalhadores em caso de suspensão ou redução da jornada de trabalho, mas ainda não demitidos.

Tradução: Rodrigo Ricupero

Fonte: Sítio da LIT-CI

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Saiu a Revista Correio Internacional nº 6

Leia abaixo a apresentação da revista da Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional


Como expressamos em vários artigos deste número, é evidente que 2011 não está sendo um ano “tranquilo”. Fatos e processos de impacto mundial se sucedem com muita velocidade. Por exemplo, iniciam-se e expandem-se as revoluções no mundo árabe quando já surgem as crises de pagamento das dívidas e as lutas de resistência em vários países europeus e, sem solução de continuidade, a crise entre democratas e republicanos nos EUA, que levou este país à beira de um default. E ainda não tinha sido totalmente “assimilado” o impacto deste acontecimento central quando a revolução árabe volta ao centro da cena com a derrubada do regime de Muammar Kadafi, na Líbia, após vários meses de guerra civil.

A caracterização deste fato aprofundou ainda mais o debate que já vinha se desenvolvendo entre a esquerda mundial. A partir de um fato inegável, o papel cumprido pelas forças aéreas da OTAN nessa derrubada, as correntes castro-chavistas e, ainda que com uma definição oposta de Kadafi, um setor do trotskismo caracteriza-o como um triunfo contrarrevolucionário do imperialismo. Ou seja, como um fato que terá, inevitavelmente, consequências negativas sobre o processo da revolução árabe.

Para a LIT-QI, pelo contrário, o essencial é o triunfo da revolução que destruiu o Estado burguês e as Forças Armadas construídas por Kadafi. Um triunfo que, de fato, está condicionado ao papel cumprido pelas forças da OTAN e por sua ameaça atual à soberania do país, e pelo caráter abertamente pró-imperialista do CNT. Mas que se expressa na existência de milhares de lutadores rebeldes armados no país. Abordamos essa polêmica nos artigos de nossa seção principal, nos quais expressamos que agora está colocada a luta para expulsar a OTAN e o imperialismo do país, combatendo a linha do CNT.

Também analisamos a situação mundial em seu conjunto, definida precisamente pela combinação entre a continuidade da crise econômica aberta em 2007 e as lutas e revoluções protagonizadas pelos trabalhadores e as massas em diversos lugares do mundo. Aprofundando os processos econômicos e políticos que se dão nesse contexto, abordamos especificamente a crise das dívidas soberanas e do sistema do euro, na Europa, e os problemas estruturais e políticos expressados pelo choque entre democratas e republicanos nos EUA.

Dedicamos também um artigo especial à China e ao debate sobre se este país pode ser ou não a próxima potência mundial. A análise dos países se completa com o Chile, onde as mobilizações estudantis e as paralisações de 24 e 25 de agosto não só encurralam o governo de Sebastián Piñera como também questionam toda a herança neoliberal da ditadura de Pinochet.

A seção Polêmicas está dedicada ao debate aberto com a recente greve dos bombeiros do Rio de Janeiro sobre um tema central: qual deve ser a política dos revolucionários para as Forças Armadas e de segurança?

Finalmente, dedicamos um extenso artigo ao X Congresso da LIT-QI, que será realizado no próximo mês de outubro. Os principais temas que serão discutidos no congresso estão refletidos nos diferentes artigos deste número do Correio Internacional. Por isso, aproveitamos para apresentar às novas gerações de militantes e leitores um breve resumo da história de nossa organização pouco antes de completarem-se 30 anos de sua fundação.

O EDITOR

LEIA ARTIGO DESTA EDIÇÃO

Fonte: PSTU

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ministro dos Esportes é alvo de denúncia de corrupção

Orlando Silva teria participação direta em desvios de programa de ministério


Mais um ocupante do primeiro escalão do governo Dilma pode estar envolvido em esquema de corrupção. Desta vez, as denúncias recaem sobre o titular da pasta de Esportes, o ministro Orlando Silva (PC do B).

À uma revista semanal, o policial militar João Dias Ferreira acusou Silva de participação direta num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, do Ministério dos Esportes. Segundo o relato, o ministro teria recebido dinheiro vivo numa garagem.

O programa Segundo Tempo é responsável por fornecer verbas a ONGs (Organizações Não Governamentais) para incentivar jovens a praticar esportes.

Com a crise, Orlando Silva antecipou sua volta do México, onde acontecem os Jogos Panamericanos de Guadalajara.

No sábado, dia 15, o ministro rebateu as acusações de que comanda um esquema de desvios na pasta afirmando que os fatos fazem parte de uma "trama farsesca".

Se as denúncias no Ministério dos Esportes forem confirmadas, será mais um caso de corrupção dentro do governo (veja a lista abaixo).

Também relacionados aos esportes, os preparativos da Copa do Mundo preocupam pelo alto custo das obras e corrupção das organizações responsáveis. Clique aqui para ler a matéria do jornal O Metalúrgico em Família.

A CORRUPÇÃO NO GOVERNO DILMA

Ministério dos Transportes - Suposto esquema de propinas beneficiava o Partido da República (PR), da base do governo. Escândalo já derrubou o próprio ministro e atual senador Alfredo Nascimento (PR) e mais de 20 funcionários do Ministério.

Ministério da Agricultura - Denúncias de “cabide de emprego” na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de políticos ligados ao PMDB e desvio de dinheiro público que podem chegar a R$ 13 milhões.

Ministério do Turismo – A Polícia Federal já realizou 35 prisões, além de expedir sete mandados de busca e apreensão. A PF investiga desvios de R$ 4,4milhões relacionados a convênios de capacitação profissional no Amapá.

Ministério das Cidades - Denúncias de que o ministro Mário Negromonte (PP) favorecia empreiteiras que contribuíam com as campanhas eleitorais de seu partido. O Ministério liberou obras irregulares proibidas pelo próprio Tribunal de Contas da União.

Ministério de Minas e Energia - Denúncias atingem a Agência Nacional do Petróleo (ANP), dirigida pelo ex-deputado Haroldo Lima (PCdoB). Gravações mostram assessores ligados a ANP cobrando propinas de clientes que chegam à monta de R$ 40 mil reais, para "liberação" de processos e pedidos. Segundo a denúncia, este dinheiro seria desviado para o PCdoB.

Ministério do Desenvolvimento Agrário – Denúncia de venda de lotes que deveriam ser destinados a famílias beneficiadas por programas de Reforma Agrária. Outra denúncia aponta para o desmatamento realizado por madeireiras em áreas destinadas a Reforma Agrária, no Norte do país. Estas denúncias podem atingir ainda o Ministério do Meio Ambiente.

Ainda este ano, ocorreu a demissão do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci (PT), acusado de enriquecimento ilícito, usando sua posição no Governo. Já no Ministério da Defesa, houve a troca de Nelson Jobim por Celso Amorim. Apesar de não ter sido motivada por escândalo de corrupção, o setor terá de lidar com as denúncias envolvendo a cúpula militar, investigada por mau uso de recursos e favorecimento de empresas em obras como a do aeroporto de Natal.

Fonte: SINDMETALSJC

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O outro lado da Apple de Steve Jobs

Parte do sucesso da empresa se encontra onde são realmente fabricados os produtos


Na última semana, a morte do notório empresário da informática Steve Jobs esteve no centro de grande parte dos noticiários, colocando Jobs e a sua empresa Apple em evidência. Na internet, popularizaram-se as homenagens a Jobs na forma de maçã, símbolo e nome da empresa em inglês. Nos dias seguintes, diversas declarações compararam a genialidade e criatividade de Jobs a Leonardo Da Vinci, Michelangelo e outros considerados gênios da humanidade.

É incontestável o fato de que os produtos desenvolvidos pela Apple sob comando de Jobs - iPads, iPods e iPhones, entre outros - tiveram grande impacto mundial, mudando conceitos em diversas áreas, como informática, publicações e indústria musical. Muitos opinam que a atenção especial de Steve Jobs ao desenvolvimento desses produtos é o que explica o sucesso da empresa. No entanto, se olharmos com atenção o verso de um iPhone, por exemplo, encontramos uma inscrição em letras bem pequenas, mas que pode revelar muita coisa: “Designed by Apple in California. Assembled in China”. A tradução seria: “Desenvolvido pela Apple na Califórnia. Montado na China”. Esse detalhe, que não é notado pela maioria dos usuários desses produtos, oferece-nos uma dica de que talvez a genialidade de Jobs não seja o único fator que tornou a Apple uma das empresas mais ricas do mundo.

Talvez uma parte do sucesso dessa empresa se encontre onde são realmente fabricados os produtos, a muitos quilômetros de distância do Vale do Silício.

Milagre Chinês

Em Longhua (província de Shenzhen), na China, está localizado um complexo industrial que conta com mais de 300 mil trabalhadores. Conhecido como “Cidade Foxconn”, esse complexo ocupa 3 km², incluindo 15 fábricas, dormitórios para os trabalhadores, corpo de bombeiros, piscina, mercado, livraria, banco, restaurantes, hospital e até uma rede de TV interna, a Foxconn TV. É nessa “cidade” que são montados os produtos da Apple, e não foi sem motivo que Steve Jobs resolveu deixar essa parte em letras bem pequenas.

A Foxconn é uma empresa com sede em Taiwan, que apareceu nos noticiários depois de 15 trabalhadores cometerem suicídio em 2009 e 2010 na “Cidade Foxconn”. Universidades chinesas e uma ONG de Hong Kong consideraram esses suicídios consequência das condições de trabalho dentro do complexo, relatando que os operários sofrem uma forte pressão e se sentem isolados. Esses operários trabalham em média 12 horas por dia, com um salário mensal de 900 yuans (cerca de R$ 202), que chega ao máximo a 2000 yuans com as horas extras. Em outras ocasiões, a Foxconn já havia sido denunciada por desrespeito aos trabalhadores, por discriminação e abuso de horas extras ilegais. Em resposta ao ocorrido, a empresa instalou redes antissuicídio e obriga os funcionários a assinarem um termo de compromisso garantindo que não vão se matar. Mais recentemente, em maio de 2011, mais um exemplo de descaso da Foxconn: três trabalhadores morreram e 15 ficaram feridos numa explosão na linha de montagem do iPad2, dessa vez na fábrica de Chengdu.

A Apple e outras empresas, como Intel, Hewlett-Packard, Dell, Nintendo, Nokia, Microsoft e Motorola, usam esse modelo de terceirização da produção e têm seus produtos montados em alguma das diversas fábricas da Foxconn. Essas empresas se beneficiam diretamente das péssimas condições de trabalho para baixar os custos de produção e alcançar grandes lucros. A Foxconn é a maior exportadora da China e a maior empregadora do setor privado do país.¹


Apple e Foxconn no Brasil

Todas as fábricas e planos de investimento da Foxconn na América do Sul se concentram no Brasil. A empresa taiwanesa já possui plantas em Manaus (AM) e Indaiatuba (SP) fabricando telefones celulares, e também desenvolve atividades em Sorocaba (SP) e Santa Rita do Sapucaí (MG). A principal planta da empresa no país está em Jundiaí, a 60 km da capital paulista, onde são fabricados computadores, notebooks, netbooks e os iPods da Apple. Até o final do ano, já deve estar instalada a linha de produção de iPads, a primeira fora da China.

As denúncias de desrespeito aos trabalhadores não ficam limitadas à China. Por aqui também já foram registrados casos de doenças ocupacionais e psicológicas causadas por pressão no trabalho. Na planta de Indaiatuba, o sindicato já relatou pelo menos três afastamentos por depressão profunda.

Na próxima semana, o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante (PT), estará reunido com a cúpula de diretores da Foxconn para discutir um investimento de 12 bilhões de dólares. A planta de Jundiaí é a mais cotada para receber o investimento, que inclui o plano de montar a primeira fábrica de telas touchscreen do Ocidente. Segundo o ministro, esta implementação é complicada, pois seriam necessários 4 gigawatts - energia correspondente a uma cidade de Jundiaí -, um aeroporto internacional, qualidade do ar determinada, mais de 1,5 km² de área e consumiria mais concreto e aço que o estádio Ninho de Pássaro da China.²

Ou seja, a empresa e o Governo Dilma planejam uma “Cidade Foxconn” brasileira. “Conceito de cidade inteligente é o caminho do país para um novo patamar tecnológico”,declarou Mercadante, que aparentemente prefere ignorar o ocorrido na filial da China.

Ainda não é possível afirmar se a Apple poderá superar a perda de Steve Jobs na criação de seus produtos. Mas já podemos ter bastante certeza de até onde os acionistas da empresa estão dispostos a ir para garantir seus lucros investindo no “modelo” Foxconn de produção.

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Notas:

1. Graças ao governo “comunista” chinês e sua ditadura, essa exploração não é exclusividade da Foxconn. Condições de trabalho parecidas estão espalhadas por toda a China. A busca por essa mão de obra barata explica a iniciativa de muitas empresas, além do setor de informática, de realizarem sua produção nesse país, tornando a China a “fábrica do mundo”.

Outras Fontes:



Fonte: Sítio da LIT-CI

METALÚRGICOS DE ITAJUBÁ E PARAISÓPOLIS ARRANCAM VITÓRIA!

Itajubá e região vivem um grande processo de crescimento de seu polo industrial, com a instalação de novas empresas como a SIEMENS, além da ampliação de outras como a HELIBRAS, ALSTOM e ORTENG.

Esse crescimento industrial está sendo bancado por dinheiro público do governo federal e municipal através de doação de terrenos e isenções fiscais. Tudo isso combinando aos baixos salários pagos na região e a alta da produtividade das empresas, o quem fazem de Itajubá e região um paraíso para que as empresas possam recuperar suas perdas com a crise de 2009, através da super-exploração. Itajubá conta com aproximadamente 10 mil metalúrgicos e mais 5 mil pela região, em fábricas como MAHLE, HELIBRAS, ORTENG, ALSTOM, DELPHI, IMBEL entre outras.

As empresas da região tiveram seus lucros aumentados em até 30% no primeiro semestre, a MAHLE paga em Itajubá menos da metade dos salários que paga no ABC. HELIBRAS E ALSTOM são campeãs em produtividade e a DELPHI lidera o Rancking regional de lesões e doenças do trabalho. Além disso, os patrões são beneficiados com redução de EPI e empréstimos do governo a juros baixos.

Lutamos contra a pressão de patrões e pelegos

Os metalúrgicos de Itajubá MG ligados à CSP-Conlutas realizaram, mais uma Campanha Salarial de muita luta e com conquistas importantes.

Nos últimos dois meses a Campanha Salarial da categoria foi marcada por forte mobilização e luta por salários e direitos, que teve como centro as denuncias de dinheiro publico para as empresas e a política de arrocho do governo Dilma.

No início das negociações os metalúrgicos tiveram que enfrentar a pressão dos patrões, que a todo o momento exigia que o sindicato dos metalúrgicos de Itajubá ligado à CSP-Conlutas, acompanhasse os acordos fechados pela CUT no ABC com reajuste de 9,8% que serviria para 2 anos. Os acordos rebaixados assinados pela CUT no ABC colocaram nossa categoria em uma situação de defensiva, mas a direção do sindicato de Itajubá apontava a necessidade de romper com a ideia de assinar acordos por dois anos e reajuste rebaixado. Além disso, governo e patrões vieram com aquela história de crise e de que os trabalhadores teriam de pisar no freio para não aumentar a inflação.

Mas os metalúrgicos de Itajubá não caíram na conversa e foram pra cima, construíram suas lutas e foi assim que os metalúrgicos do setor de Buchas da MAHLE paralisaram sua produção por 24 horas e deram inicio ao processo de mobilização pela categoria com a palavra de ordem ”Se o Brasil Cresceu, eu quero o que é meu”. Mas a resposta da empresa foi implacavelmente covarde, demitindo os trabalhadores.

Apesar das demissões, os trabalhadores não recuaram e foram pra cima da empresa, e em solidariedade aos demitidos atrasaram a produção da MAHLE Itajubá em uma operação tartaruga que fez com que a produção tivesse uma queda de 40% em apenas 2 dias e votaram estado de greve e reintegração dos demitidos.

Depois de estado de greve e atraso da produção na MAHLE e grandes assembléias como, ORTENG, HELIBRAS, AEES e ALSTOM, aumentando mobilizações na categoria, os metalúrgicos arrancaram nova proposta, com a direção do sindicato na mesa de negociação no dia 11/10.

Os patrões estavam visivelmente preocupados como aumento das mobilizações e o estado de greve votado pelos trabalhadores, que vinham atrasando a produção em operação tartaruga nas empresas. “Os patrões não tiveram outra saída senão ceder às reivindicações dos trabalhadores, pois as empresas lucraram cerca de 30% no primeiro semestre e por isso exigíamos nossa parte do bolo. Assim arrancamos 10,5% de reajuste salarial e 13% de aumento no piso salarial, além de uma agenda de reuniões para se discutir a implementação do delegado sindical em todas as empresas”, disse o coordenador geral do sindicato, Carlinhos.

Com esta conquista, que representa o maior acordo em convenção coletiva assinado em Minas os metalúrgicos de Itajubá provaram na prática que é possível lutar e romper com o índice nacional rebaixado aprovado pela CUT no ABC e mais que isso, que a CSP-Conlutas e os metalúrgicos de Itajubá e Região ao apontar para as mobilizações e luta conseguiram colocar em suas próprias mãos o destino de suas reivindicações .

De Itajubá, MG, 13/10/2011, Jeferson Mendonça de Oliveira (Peixinho) assessor político do Sindicato dos Metalúrgicos de Itajubá e Região.

A CSP-CONLUTAS parabeniza os bravos companheiros de Itajubá e regiao pela conquista!

Fonte: CSP-Conlutas MG

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Greve dos mineiros!


Com o exemplo vivo em suas memórias de Saúl Cantoral, os combativos operários mineiros de Marcona realizam uma greve exigindo “inclusão” a Ollanta Humala e assinalando o verdadeiro caminho a seus irmãos trabalhadores proclamando: “sem lutas não há vitórias”.

No dia 31 de agosto, 1134 operários mineiros da Shougang Hierro Perú, localizada em Marcona-Nasca, iniciaram uma greve por tempo indeterminado exigindo isonomia dos seus salários, aumento justo e outras demandas.

Produto da paralisação, a mina de ferro mais importante do Peru explorada por uma empresa chinesa, se encontra completamente paralisada.

Um comitê de luta com o ativo apoio das donas de casa organiza um fundo de greve e as mobilizações na área mineira, enquanto duas centenas de operários foram em uma marcha com sacrifício até Lima para exigir das novas autoridades que intervenham na solução justa de suas demandas dada a conhecida prepotência da empresa que converteu a negociação coletiva numa chacota.

Na negociação com a empresa, esta ofereceu um ridículo aumento de 1,30 (diários) [Equivalente a US$0,50], e na etapa de “conciliação”, como sempre, busca que as autoridades do Trabalho resolvam mediante resolução o aumento salarial, o que nos últimos anos não passou na média dos 3 soles [Novo Sol – S/ – é a moeda peruana], nada mais longe de um aumento digno que se equipare com os crescentes lucros que a empresa vem obtendo.

Mas o que sobretudo exigem os operários é a isonomia salarial: salário igual para trabalho igual, como mandam as leis, e o resumem na sua consigna: “inclusão também é isonomia”. Pois 75% dos operários recebe um salário de 43 soles enquanto o resto recebe em média 68 soles, além de outros benefícios. Apesar de ser um direito, a empresa entrou na justiça protelando e deixando incerta a solução da questão.

A greve de 2007

A abusiva política da multinacional chinesa não é nova; vem desde sua privatização em 1992 quando atirou na rua a centenas de trabalhadores, estabeleceu o sistema de serviços [tercerização], e impôs uma política de medo, demissões constantes e violação dos direitos sindicais, tudo com o aval das autoridades.

Recordamos ainda a grande greve de 60 dias que realizaram os mineiros contratados desta mina encabeçados por Rony Cueto em 2007, recém empossado o governo de García, exigindo sua contratação, pois a tercerização no qual se encontravam, muitos até por quinze anos, era um disfarce para permitir as demissões em qualquer momento.

A heróica greve conseguiu conquistar a contratação de quase todos os operários, mas os dirigentes da Federação Mineira deram as mãos à empresa e ao Ministério para deixar na rua dez dirigentes, que encabeçaram a greve e ainda o caso de Rony Cueto, que foi injustamente levado à prisão.

Hoje estes mineiros voltam a lutar com a confiança de que há um novo governo que ofereceu “inclusão social”, e a inclusão, dizem, é justiça: salários dignos, isonomia. E nós acrescentamos: recontratação de todos os demitidos pela Shougang, entre eles o dirigente Rony Cueto.

Dança de milhões

A Shougang não pode explicar porque não cumpre com as demandas operárias se está nadando em dinheiro, como a maioria das mineradoras.

Em 2010 obteve um lucro recorde de 818 milhões de soles, que é o dobro do que obteve dois anos atrás. E nos seis primeiros meses deste ano já alcançou 754 milhões de lucros, o que indica que superará de longe o recorde do ano passado. Dinheiro é o que sobra.

O que ocorre é que a exploradora Shougang pretende seguir mantendo a política de mão de obra barata para seguir acumulando mais lucros e uma política de prepotência que lhes permita seguir mantendo os trabalhadores submetidos, e ao povo de Marcona no atraso.

Mineiros de Quenuales recebem os primeiros golpes do governo

Logo após a juramentação do presidente Ollanta Humala, os trabalhadores mineiros passaram da expectativa à ação, reclamando solução para suas reivindicações.

Os trabalhadores de Morococha realizaram uma greve e uns dias depois organizaram seu caderno de reivindicações.

O mesmo aconteceu com os trabalhadores de Quenuales, que levaram a cabo uma greve de quase três semanas, exigindo também solução de suas reivindicações.

A oferta patronal de S/ 1.50 foi tomada como uma chacota pelos 1700 operários que trabalham em 11 contratos. Eles recebem um salário mensal entre S/ 1 000 e 1500 mensais que não basta para viver nem reflete a bonança econômica da empresa.

Nas reuniões de conciliação [antes da entrada na justiça] a representação patronal manteve a negativa, o que impediu de se chegar a um acordo, por isso os trabalhadores se preparam agora para a retomada de sua luta.

O Sindicato Unitario compreende os que trabalham na mina e na área metalúrgica da unidade operativa Yauliyacu.

Desde o primeiro dia de greve a repressão não deixou esperar: 250 policiais atacaram os trabalhadores, deixando um saldo de vários feridos. Como resposta os operários marcharam até Lima.

Durante seu protesto, os mineiros agitavam: “Quenuales, mineiros te repudiam” e “Ollanta, cumpra suas promessas”.

Numa assembleia geral realizada em frente ao Ministerio do Trabalho, presidida pelo Secretário Geral da Federação de Trabalhadores Mineiros da Macrosul, Jesús Ybañez, de Tintaya, delegações de sindicatos mineradores de Arcata, Chapi e Cerro Verde, que também têm acordos de greve, expresaram sua solidariedade com os companheiros.

Conversando com Bandeira Socialista [Jornal do Novo PST] que acompanhou a luta, os trabalhadores manifestaram que haviam “chegado a Lima em busca de solução e para dizer ao presidente Ollanta que cumpra as promessas que fez”.

Xeque ao rei

Uma onda de indignação recorre às minas onde se negociam diversas reivindicações operárias sem que as poderosas mineradoras, que tem ganhos recorde, ofereçam nenhuma solução. Como resposta as organizações operárias preparam greves, paralisações e marchas, como a que iniciaram os sindicatos de Quenuales e Shougang.

Como parte desta onda, Shoutern aceitou um acordo com seus trabalhadores outorgando um aumento de 6 soles, e em Cajamarquilla por 5 soles. Em outras bases:

Cerro Verde. O Sindicato de Trabalhadores aprovou uma paralisação preventiva de 48 horas que se iniciará em 8 de setembro, se não houver solução, arrancam uma greve indefinida em 13 de setembro.

Minas Buenaventura. Sindicato solicita um aumento de 15 soles diários.

Minera Aurifera Retamas (MARSA). O sindicato demanda um incremento de 12 soles e o pagamento total da alimentação dos operários.

Minera Milpo. O sindicato exige um aumento de 15 soles diários.

Argentum. O sindicato demanda um aumento de 20 soles diários. Los Quenuales. O sindicato levou a cabo uma greve de três semanas e assinou um acordo por 3 soles, mas a base não está de acordo e podem reiniciar a greve.

Doe Run-La Oroya. Operários e empregados estão dois anos e três meses sem trabalho por culpa da empresa, vendo seus salários minguados e seu trabalho em risco. Se não houver solução imediata, é possível que se desencadeie uma nova greve no complexo metalúrgico.

Minera Casapalca. O sindicato estabeleceu prazo de greve frente aos constantes atropelos da empresa.

Escrito por Nuevo PST - Peru
Tradução: Thaís Moreira
Fonte: LIT-CI

domingo, 2 de outubro de 2011

Haitianos denunciam demissões em massa e perseguição ao sindicato dos têxteis

Policiais encapuzados atacaram trabalhadores em porta de fábrica, em dia de demissões. Veja abaixo a carta enviada pelo sindicato e pelo grupo Batay Ouvriye e o modelo de moção sugerido pela CSP-Conlutas

Demissões em massa e repressão brutal!

Nos dias seguintes a demissão de cinco integrantes do comitê executivo do sindicato dos trabalhadores têxteis, as demissões ocorreram em massa. Em várias fábricas, agora são nossos membros (os que já são do sindicato ou próximos) que estão sendo demitidos secamente.

Pior ainda: na tarde desta terça, 27 de setembro, quando estávamos distribuindo notícias da formação do sindicato e dos acontecimentos ocorridos depois, nos deparamos, frente a esta fábrica, Apaid, com fortes contingentes da polícia especializada, armados até os dentes, com coletes a prova de balas e...com capuz! 

Semeando o terror em toda a área, atacaram nossos militantes e logo nos perseguiram. Enquanto isso, dentro das fábricas, estabavam tirando fotografias! Encurralados, tivemos que começar a correr e em seguida desaparecer como fosse possível.

Recordemos a todos que o Sindicato dos Operários Têxteis e de Vestimenta (SOTA) está devidamente reconhecido pelo Ministério do Trabalho, da mesma forma que a Intersindical Primeiro de Maio – Batay Ouvriye (ESPM-BO), a qual está filiado.

Nos perguntamos então:
Até aonde chegarão os atos arbitrários dos capitalistas do ramo têxtil? Até aonde chegará a repressão aberta contra os operários e operárias que defendem seus direitos?
Ou será que a ditadura sangrenta dos duvalieristas estaria de volta?
Ou será que esta é a “Ditadura do Estado de Direito” ???

  • ABAIXO A REPRESSÃO ANTI-SINDICAL! 
  • ABAIXO TODA FORMA DE REPRESSÃO CONTRA OS OPERÁRIOS COMBATIVOS DAS FÁBRICAS TÊXTEIS!
  • VIVA A LUTA DOS OPERÁRIOS E DAS OPERÁRIAS DEFENDENDO SEUS DIREITOS!

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Moção de solidariedade aos sindicalistas demitidos no Haiti

Toda a nossa Solidariedade aos companheiros do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis e de Vestimenta

Queremos expressar a nossa irrestrita solidariedade aos companheiros demitidos e ao Sindicato. As circunstâncias em que ocorreram as demissões, bem como as demais atrocidades, relatadas na carta que recebemos de Batay Ouvriye, cometidas contra os companheiros, são monstruosas.

O enfrentamento à odiosa ocupação militar e outras terríveis situações ocorridas no Haiti como o terremoto e a cólera, mostram a enorme capacidade de resistência e fibra do povo haitiano para seguir lutando.

Portanto, desde aqui do Brasil enviamos nossa mensagem de força aos companheiros na certeza de que seguirão firmes nessa luta e que não irão se dobrar diante deste ataque. Saibam que estamos com vocês que são nossos irmãos trabalhadores de luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

Saudações de Luta,
Assinatura da entidade

(As moções devem ser enviadas para: batay@batayouvriye.org e batayouvriye@hotmail.com)

Fonte: Sítio do PSTU