Nesta Campanha Salarial, vamos exigir aumento real e reposição da inflação
Os metalúrgicos de São José dos Campos, Campinas, Limeira e Santos irão reivindicar 17,45% de reajuste nesta Campanha Salarial 2011. O índice inclui 7,84% de inflação pelo INPC-SP e 8,91% de aumento real. A pauta foi definida nesta quinta-feira, dia 28, em seminário unificado entre os quatro sindicatos, ocorrido em São José dos Campos.
Os metalúrgicos têm como data-base os meses de agosto e setembro. A pauta de reivindicações será entregue na próxima quarta-feira, dia 3, para a Fiesp e setor de Fundição. Na quinta-feira, dia 4, será a vez do setor de autopeças e Sinfavea (montadoras).
Além das cláusulas econômicas, os metalúrgicos também lutarão por reajuste do piso salarial, redução da jornada de trabalho para 36 horas, equiparação salarial e direito à eleição de delegados sindicais e comissões de fábrica. A pauta social inclui um total de 151 cláusulas.
Os sindicatos das quatro regiões realizam, pelo 14º ano consecutivo, a Campanha Salarial Unificada, formando um bloco combativo que representa cerca de 150 mil metalúrgicos.
Diante do crescimento econômico que vive o país, obtido à custa do aumento da exploração dos trabalhadores no último período, bem como em razão do momento de volta da inflação que têm corroído a cada mês os salários, o tema da campanha este ano é “O Brasil cresceu, quero o que é meu”.
“Este crescimento tão festejado pelo governo só aconteceu porque os trabalhadores produziram muito e, mesmo assim, tiveram seus salários corroídos pela inflação e achatados pela política de rotatividade imposta pela patronal. Portanto, nesta Campanha Salarial vamos pra cima exigir aumento real de salário e ampliação de direitos”, afirma Vivaldo Moreira Araújo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas.
Jornada de Lutas
Em agosto, os trabalhadores do bloco unificado participam da Jornada Nacional de Lutas, com duas grandes passeatas pela Campanha Salarial. Em São José dos Campos, vamos às ruas no dia 19. No dia 24, vamos à Brasília, junto com outras categorias protestar contra a política econômica do governo e exigir aumento real de salário.
A Jornada de Lutas vai contra o pacto social proposto pelas centrais sindicais governistas CUT e Força Sindical, que assumiram a estratégia da parceria com empresários e governos, lançado em maio no “Seminário Brasil do Diálogo e Desenvolvimento”.
Por unanimidade, os dirigentes sindicais, cipeiros e ativistas dos quatro sindicatos presentes no seminário, nesta quinta, repudiaram este pacto social em discussão entre sindicais pelegas, governo e patrões.
“Com o pacto, estas centrais querem defender os interesses dos patrões e impor a derrota à classe trabalhadora, com negociações que só levam à redução de salários e de direitos. Nossa estratégia é justamente o contrário: é de luta e de mobilização”, conclui Vivaldo.
Os sindicatos de São José, Campinas, Limeira e Santos abrigam empresas como General Motors, Embraer, Honda, Toyota, Burigotto, Panasonic e Usiminas.
Fonte: SINDMETALSJC
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