quinta-feira, 22 de março de 2012

Explosões de greves por melhores condições de trabalho nas obras do PAC


O acordo assinado entre o governo, os empresários e as centrais sindicais para melhorias nas condições de trabalho no setor da construção civil em nada tem mudado a vida dos operários. As paralisações e mobilizações nos canteiros de obras, nesse ano de 2012, demonstram a insatisfação desses trabalhadores.

Na usina hidrelétrica de Jirau (RO) mais uma greve, essa com duração de mais de dez dias. Novamente os 20 mil operários se enfrentam com a intransigência da Construtora Camargo Corrêa e da Enesa Engenharia Ltda, responsáveis pela obra, além do clima de ameaça e repressão.

Três mil operários da obra da Plataforma da Petrobras, em São Roque do Paraguaçu (BA), entraram em greve na luta por melhores salários e outras reivindicações.

Os operários das obras do estádio Arena das Dunas (RN) também pararam. Esses trabalhadores pedem a equiparação salarial com os operários da construção de outros estádios que serão sede da Copa.

Já os trabalhadores do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), que também estavam em greve por melhores condições de trabalho, enfrentam duros ataques. A Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro considerou ilegal a paralisação dos operários cuja duração foi de mais de um mês. O movimento grevista já anuncia outra paralisação.

Em data base, os operários da Construção Civil de Fortaleza (CE), após várias negociações, seguem enfrentando a intransigência dos empresários do setor que “oferecem” somente o índice da inflação (6,5%) e um “reajuste” de R$ 3,00. Isso mesmo, três reais, no valor da cesta-básica, por isso, esses trabalhadores já apontam a preparação da greve.

Nas obras de Belo Monte (PA), o clima é de indignação visto que as empreiteiras não realizaram o pagamento das chamadas “horas intíneres” de centenas de operários. Não se descarta que, a qualquer momento, caso essa situação não se reverta, poderá ter início a um novo processo grevista.

Em Pernambuco os operários do Complexo Industrial Petroquímico de Suape ainda acompanham os desdobramentos e reflexos da greve do ano passado e se preparam para as lutas deste ano.

Não tem sido diferente com os operários dos canteiros de obras da termoelétrica do Pecém (CE). Mais de 8 mil trabalhadores realizam lutas e greves por tempo indeterminado. Esses operários reclamam o não cumprimento de cláusulas do acordo coletivo de 2011 e em defesa das reivindicações em relação à data-base 2012/2013.

Só com mobilização as revindicações serão atendidas – A CSP-Conlutas apoia todos esses processos de luta. Nesse momento, temos de unificar todas essas greves e exigir imediatamente do governo Dilma, das empreiteiras e da justiça o cumprimento do “acordo nacional” que eles assinaram.

Todo apoio às greves dos operários da Construção!

Por aumento geral e um piso salarial nacional para os operários das obras!

Unificar todos em uma só luta, uma só greve e arrancar a vitória!


Extraído do boletim especial sobre as greves nos canteiros de obra - CSP-Conlutas

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