sexta-feira, 30 de março de 2012

O TSUNAMI DE PEÃO ESTÁ DE VOLTA

Intransigência patronal na mesa de negociação da Campanha Salarial 2012 leva categoria a tomar as ruas da Aldeota em manifestação


Cerca de 2 mil trabalhadores da construção civil da região metropolitana de Fortaleza ocuparam a Praça Portugal, nesta noite de quinta-feira (29), em defesa da Campanha Salarial 2012 e para denunciar as mortes e acidentes de trabalho que vem ocorrendo nos canteiros de obra.

Os operários reivindicam um reajuste de 17%, o aumento do valor da cesta-básica para R$ 100,00 e segurança nos canteiros de obras.

No início do ato, 10 caixões, simbolizaram os 23 operários mortos no ano passado e os 4 operários que morreram no inicio de 2012, enquanto seus nomes eram lidos com gritos de Presente! Para em seguida, a realizar um minuto de silêncio.

A manifestação prosseguiu pela Avenida Desembargador Moreira até a Praça da Imprensa, onde foi realizada uma assembleia da categoria que recusou a proposta patronal de 6%, aprovou a reivindicação de 17%, o aumento da valor da cesta básica, a criação de delegados do sindicato por local de trabalho, plano de saúde, além de declarar estado de greve.

E MAIS

Durante o ato, foram eleitos, por unanimidade, 40 delegados que irão representar o sindicato no Congresso da CSP/ Conlutas, que ocorrerá de 27 a 30 de abril, em São Paulo.

Fonte: Voz do Peão

quinta-feira, 22 de março de 2012

Explosões de greves por melhores condições de trabalho nas obras do PAC


O acordo assinado entre o governo, os empresários e as centrais sindicais para melhorias nas condições de trabalho no setor da construção civil em nada tem mudado a vida dos operários. As paralisações e mobilizações nos canteiros de obras, nesse ano de 2012, demonstram a insatisfação desses trabalhadores.

Na usina hidrelétrica de Jirau (RO) mais uma greve, essa com duração de mais de dez dias. Novamente os 20 mil operários se enfrentam com a intransigência da Construtora Camargo Corrêa e da Enesa Engenharia Ltda, responsáveis pela obra, além do clima de ameaça e repressão.

Três mil operários da obra da Plataforma da Petrobras, em São Roque do Paraguaçu (BA), entraram em greve na luta por melhores salários e outras reivindicações.

Os operários das obras do estádio Arena das Dunas (RN) também pararam. Esses trabalhadores pedem a equiparação salarial com os operários da construção de outros estádios que serão sede da Copa.

Já os trabalhadores do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), que também estavam em greve por melhores condições de trabalho, enfrentam duros ataques. A Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro considerou ilegal a paralisação dos operários cuja duração foi de mais de um mês. O movimento grevista já anuncia outra paralisação.

Em data base, os operários da Construção Civil de Fortaleza (CE), após várias negociações, seguem enfrentando a intransigência dos empresários do setor que “oferecem” somente o índice da inflação (6,5%) e um “reajuste” de R$ 3,00. Isso mesmo, três reais, no valor da cesta-básica, por isso, esses trabalhadores já apontam a preparação da greve.

Nas obras de Belo Monte (PA), o clima é de indignação visto que as empreiteiras não realizaram o pagamento das chamadas “horas intíneres” de centenas de operários. Não se descarta que, a qualquer momento, caso essa situação não se reverta, poderá ter início a um novo processo grevista.

Em Pernambuco os operários do Complexo Industrial Petroquímico de Suape ainda acompanham os desdobramentos e reflexos da greve do ano passado e se preparam para as lutas deste ano.

Não tem sido diferente com os operários dos canteiros de obras da termoelétrica do Pecém (CE). Mais de 8 mil trabalhadores realizam lutas e greves por tempo indeterminado. Esses operários reclamam o não cumprimento de cláusulas do acordo coletivo de 2011 e em defesa das reivindicações em relação à data-base 2012/2013.

Só com mobilização as revindicações serão atendidas – A CSP-Conlutas apoia todos esses processos de luta. Nesse momento, temos de unificar todas essas greves e exigir imediatamente do governo Dilma, das empreiteiras e da justiça o cumprimento do “acordo nacional” que eles assinaram.

Todo apoio às greves dos operários da Construção!

Por aumento geral e um piso salarial nacional para os operários das obras!

Unificar todos em uma só luta, uma só greve e arrancar a vitória!


Extraído do boletim especial sobre as greves nos canteiros de obra - CSP-Conlutas

sexta-feira, 2 de março de 2012

Com 57% dos votos, CSP-Conlutas vence eleição

Metalúrgicos escolheram a chapa 1, que representa a luta da classe trabalhadora

A Chapa 1, da CSP-Conlutas, venceu a eleição do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, com 57,68% dos votos válidos. A apuração terminou às 12h30 desta sexta-feira, dia 2, no ginásio da Escola Estadual João Cursino. A Chapa 2, da CTB, ficou com 42,32% dos votos.

Na apuração, o clima de euforia tomou conta do ginásio, entre militantes, trabalhadores e dirigentes sindicais, reforçando o caráter democrático da eleição. Todo o processo eleitoral, da coleta à contagem dos votos, foi realizado paritariamente por representantes das duas chapas.

A chapa 1 é encabeçada por Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, atual diretor do Sindicato e trabalhador da General Motors. A eleição teve uma das votações mais expressivas dos últimos anos, com a participação de 11.638 trabalhadores associados. A Chapa 1 saiu vitoriosa na ampla maioria das fábricas. Foram 6.551 para a Chapa 1 contra 4.806 para a Chapa 2. Foram registrados 1,11% de votos brancos e 1,13% de votos nulos.

Com o resultado, a CSP-Conlutas, à qual o Sindicato se filiou em 2004, dá continuidade à sua trajetória à frente de um dos maiores sindicatos da categoria metalúrgica no país, com 43 mil trabalhadores em sua base.

O Sindicato representa metalúrgicos de mais de 900 empresas de São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, Santa Branca e Igaratá. Entre elas estão General Motors, Embraer, Gerdau, Panasonic e Hitachi.

“Foi uma batalha importante. Democraticamente a categoria decidiu o futuro da entidade. Agradecemos a toda a categoria pela participação no processo eleitoral e pela confiança no projeto da atual diretoria e da CSP-Conlutas. Agora é seguir adiante para a classe trabalhadora se defender dos ataques das empresas e dos governos. A categoria sai mais unida da eleição para enfrentar esse desafio”, afirma Macapá.

A nova diretoria toma posse no dia 23 de maio. Hoje o Sindicato é dirigido por Vivaldo Moreira Araújo. 

Fonte: Sindmetalsjc