Desde a terça-feira (19) os petroleiros em Sergipe estão realizando paralisações de duas horas. O primeiro dia de paralisação foi na Sede Administrativa. Na quarta-feira, os petroleiros cruzaram os braços na FAFEN. Na quinta-feira foi a vez dos petroleiros do Tecarmo. Os petroleiros do campo de Carmópolis paralisaram na sexta-feira.
“As paralisações são a resposta da categoria contra as demissões impostas pela Petrobrás no último período e as punições aplicadas aos diretores do Sindicato”, disse Toeta, diretor do Sindipetro AL/SE.
Na semana passada, o petroleiro Gilson Xavier dos Anjos, um dos demitidos, faleceu após sofrer uma parada cardíaca. O trabalhador sentiu-se mal após receber o comunicado da homologação de sua demissão.
As demissões são baseadas em uma cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho, a cláusula 69. “O Sindipetro AL/SE não teve acordo com este cláusula durante a assinatura do acordo, mas a Federação Única dos Petroleiros (FUP/CUT), como parte das traições que vem cometendo ao longo dos anos, empurrou goela abaixo dos trabalhadores”, frisou Toeta.
Gilvani Alves, Alberto Calasans e Edivaldo Leandro, diretores do Sindipetro AL/SE, foram punidos com 10 dias de suspensão. Na avaliação de Toeta, “como o Sindipetro tem feito a denuncia das demissões, realizado várias paralisações no campo de Carmópolis por melhorias no transporte e na alimentação e, no último dia 7, paralisamos todas as unidades da Petrobrás durante um dia. Essas punições são retaliações da empresa às nossas lutas, mas nós não vamos parar”.
Ações Jurídicas
A Assessoria Jurídica do Sindipetro está entrando com a ação na justiça para reverter as demissões sem justa causa realizadas pela Petrobrás, bem como, busca reverter as punições aplicadas aos diretores da entidade. “Vamos utilizar todos os mecanismos disponíveis para reverter essa situação. A campanha contra as demissões e punições continua. Reafirmamos sempre, mexeu com meu companheiro, mexeu comigo”, falou Toeta.
Abaixo assinado
Começou a rodar nas áreas o abaixo assinado, aprovado em assembleia da categoria, exigindo o cancelamento das demissões e das punições. O abaixo-assinado repudia as medidas autoritárias da gerência que impede a livre organização sindical e também ataca a liberdade de expressão dos trabalhadores.
O Sindipetro colocou faixas em todas as unidades contras as medidas autoritárias e contra o mandante de tais medidas. “Contra as demissões e a perseguição aos diretores sindicais. Fora Holleben”.
Roberto Aguiar, assessor de Imprensa do Sindipetro AL/SE
Fonte: Sítio da CSP-Conlutas
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